Alagoas registrou a quarta maior alta do Brasil do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nessa quinta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 2,64% no mês de outubro em Alagoas, influenciada por reajuste na parcela de mão de obra. O índice ficou 1,87 ponto percentual (p.p) acima em relação a setembro (0,77%). No acumulado nos últimos doze meses, a taxa é de 12,58%.
O custo da construção por metro quadrado em Alagoas, que no mês de setembro havia fechado em R$ 1.471,20 passou para R$ 1.510,03 em outubro, sendo R$ 930,02 relativos aos materiais e R$ 580,01 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou leve queda de 0,11% em Alagoas no mês de outubro. Já a parcela da mão de obra apresentou crescimento de 7,4% na passagem de setembro para outubro, saltando de R$ 540,11 para R$ 580,01.
Em todo o País, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,38% em outubro, 0,06 ponto percentual abaixo da taxa de setembro (0,44%) e, novamente, a menor taxa desde julho de 2020. O acumulado nos últimos doze meses foi para 12,41%, resultado pouco abaixo dos 13,11% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
O acumulado no ano fechou em 10,64%. O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em setembro fechou em R$ 1.669,19, passou em outubro para R$ 1.675,46, sendo R$ 1000,36 relativos aos materiais e R$ 675,10 à mão de obra. A parcela dos materiais foi de 0,04%, percentual inferior ao do mês anterior (0,53%) e também ao de outubro de 2021 (1,27%), em 0,49 e 1,23 pontos percentuais respectivamente.
A taxa de outubro foi a menor observada desde janeiro de 2020. Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,88%, subiu 0,57 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,31%), influenciada por quatro acordos coletivos no período. Comparando com outubro do ano anterior (0,64%), houve aumento de 0,24 ponto percentual. Os acumulados no ano foram: 9,93% (materiais) e 11,70% (mão de obra).
Já os acumulados em doze meses ficaram em 12,60% (materiais) e 12,07% (mão de obra), respectivamente. Apesar do índice negativo registrado no Mato Grosso do Sul, a Região Centro-Oeste apresentou a maior variação regional em outubro, 1,59%, influenciada, principalmente, pelo acordo coletivo observado no estado do Mato Grosso.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,46% (Norte), 0,25% (Nordeste), -0,03% (Sudeste), e 0,27% (Sul). Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.678,09 (Norte); R$ 1.560,37 (Nordeste); R$ 1.736,74 (Sudeste); R$ 1.750,43 (Sul) e R$ 1.709,83 (Centro-Oeste). Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, Mato Grosso foi o estado com a maior variação mensal, 4,89%. Roraima (3,64%), Pará (2,55%) e Alagoas (2,64%) também apresentaram índices altos, influenciados por reajuste na parcela da mão de obra.
O Sinapi, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.