08/10/2024 11:15:41

Geral
09/11/2022 06:00:00

Crianças acima de 6 anos são rejeitadas para adoção

Interessados em adotar exigem um perfil muito restritivo; crianças pardas e negras também são excluídas


Crianças acima de 6 anos são rejeitadas para adoção

Por Vinícius Viana

De um lado, 214 crianças e adolescentes dormem e acordam em casas de acolhimento na expectativa de serem adotadas na Bahia. Do outro, 1.003 pessoas estão inscritas no cadastro de adoção no estado como pretendentes. Mas por que essa conta não fecha? Por que essas crianças e adolescentes não ganham um novo lar? Por que elas não ganham uma nova família? De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), as pessoas inscritas no cadastro de adoção preferem meninas brancas, menores de 6 anos, sem irmãos e sem deficiências.  Das 214 disponíveis para adoção na Bahia, 177 são maiores de 6 anos. 

Por causa da dificuldade da adoção de crianças maiores de 6 anos, o Ministério Público da Bahia promoveu no dia de ontem (7), na sede do MP-BA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, o lançamento da campanha ‘O amor não tem tamanho’ com o objetivo de incentivar a adoção de crianças e adolescentes acima de 6. 

“Essa conta não fecha porque as pessoas preferem crianças menores de 6 anos.  As pessoas priorizam meninas brancas e menores de 6. A maioria das que estão nas casas de acolhimento são pardas ou/e negras, maiores de 6 anos”, explicou Anna Karina Trennepohl, promotora de justiça do Ministério Público da Bahia e coordenadora do Centro Integrado de Diagnóstico e Atendimento Especializado (CEDAE).

Em seguida, a promotora de justiça falou sobre o perfil das crianças na Bahia que sonham com um novo lar e pontuou que quanto mais velha a criança, menor a chance de adoção. “Eles são adolescentes, grupos de irmãos ou/e crianças com algumas deficiências. A grande maioria das crianças têm entre 10 e 12 anos, e a cada dia que elas passam mais tempo na instituição de acolhimento, diminui a chance de ganharem uma família”, explicou.

Anna Karina Trennepohl contou que o principal objetivo da campanha é aumentar o número de adotantes e incentivar as pessoas a conhecerem crianças acima de 6 anos e adolescentes, que estão desejosos de serem adotados.

“A campanha tem dois objetivos. Um deles é aumentar o número de pretendentes à adoção. Temos 1.003 pessoas pretendentes na Bahia e no Brasil temos 30.000. Só que apesar desse número ser grande em comparação ao número de crianças, muitas  estão  esperando o momento de serem adotadas. E além disso, o segundo objetivo da campanha é fazer com que essas pessoas alterem o perfil de crianças e adolescentes que pretendem adotar”, declarou. 

Por fim, a promotora de justiça espera que a campanha mude a mentalidade e o perfil escolhidos pelos adotantes para que crianças e adolescentes que esperam por um novo pai ou mãe ganhem um novo lar. 

“O Sistema Nacional da Adoção e Acolhimento (SNA) faz a vinculação das crianças aos pretendentes. Esperamos que as pessoas verifiquem que há muitas crianças acima de 6 anos, adolescentes e grupos de irmãos disponíveis, tenham a oportunidade de conhecer essas crianças e adolescentes. Quando a pessoa se habilita para adoção, ela diz qual é o perfil que ela busca. Se ela só colocar aquele perfil menor de 6 anos, ela não vai conhecer e não será vinculada a nenhuma criança maior de 6 anos ou adolescente. O pretendente [perde] a oportunidade de conhecer essas crianças e adolescentes, que também têm direito de ter a oportunidade de ter uma família”, completou. 

Os interessados na adoção de crianças e adolescentes devem fazer um pré-cadastro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e mais informações sobre a campanha ‘O amor não tem tamanho’ podem ser acessadas no site do Ministério Público da Bahia.

Por Vinícius Viana

De um lado, 214 crianças e adolescentes dormem e acordam em casas de acolhimento na expectativa de serem adotadas na Bahia. Do outro, 1.003 pessoas estão inscritas no cadastro de adoção no estado como pretendentes. Mas por que essa conta não fecha? Por que essas crianças e adolescentes não ganham um novo lar? Por que elas não ganham uma nova família? De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), as pessoas inscritas no cadastro de adoção preferem meninas brancas, menores de 6 anos, sem irmãos e sem deficiências.  Das 214 disponíveis para adoção na Bahia, 177 são maiores de 6 anos. 

Por causa da dificuldade da adoção de crianças maiores de 6 anos, o Ministério Público da Bahia promoveu no dia de ontem (7), na sede do MP-BA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, o lançamento da campanha ‘O amor não tem tamanho’ com o objetivo de incentivar a adoção de crianças e adolescentes acima de 6. 

“Essa conta não fecha porque as pessoas preferem crianças menores de 6 anos.  As pessoas priorizam meninas brancas e menores de 6. A maioria das que estão nas casas de acolhimento são pardas ou/e negras, maiores de 6 anos”, explicou Anna Karina Trennepohl, promotora de justiça do Ministério Público da Bahia e coordenadora do Centro Integrado de Diagnóstico e Atendimento Especializado (CEDAE).

Em seguida, a promotora de justiça falou sobre o perfil das crianças na Bahia que sonham com um novo lar e pontuou que quanto mais velha a criança, menor a chance de adoção. “Eles são adolescentes, grupos de irmãos ou/e crianças com algumas deficiências. A grande maioria das crianças têm entre 10 e 12 anos, e a cada dia que elas passam mais tempo na instituição de acolhimento, diminui a chance de ganharem uma família”, explicou.

Anna Karina Trennepohl contou que o principal objetivo da campanha é aumentar o número de adotantes e incentivar as pessoas a conhecerem crianças acima de 6 anos e adolescentes, que estão desejosos de serem adotados.

“A campanha tem dois objetivos. Um deles é aumentar o número de pretendentes à adoção. Temos 1.003 pessoas pretendentes na Bahia e no Brasil temos 30.000. Só que apesar desse número ser grande em comparação ao número de crianças, muitas  estão  esperando o momento de serem adotadas. E além disso, o segundo objetivo da campanha é fazer com que essas pessoas alterem o perfil de crianças e adolescentes que pretendem adotar”, declarou. 

Por fim, a promotora de justiça espera que a campanha mude a mentalidade e o perfil escolhidos pelos adotantes para que crianças e adolescentes que esperam por um novo pai ou mãe ganhem um novo lar. 

“O Sistema Nacional da Adoção e Acolhimento (SNA) faz a vinculação das crianças aos pretendentes. Esperamos que as pessoas verifiquem que há muitas crianças acima de 6 anos, adolescentes e grupos de irmãos disponíveis, tenham a oportunidade de conhecer essas crianças e adolescentes. Quando a pessoa se habilita para adoção, ela diz qual é o perfil que ela busca. Se ela só colocar aquele perfil menor de 6 anos, ela não vai conhecer e não será vinculada a nenhuma criança maior de 6 anos ou adolescente. O pretendente [perde] a oportunidade de conhecer essas crianças e adolescentes, que também têm direito de ter a oportunidade de ter uma família”, completou. 

Os interessados na adoção de crianças e adolescentes devem fazer um pré-cadastro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e mais informações sobre a campanha ‘O amor não tem tamanho’ podem ser acessadas no site do Ministério Público da Bahia.

tribuna da bahia



Enquete
Você Aprova o retorno do Horário de Verão?
Total de votos: 44
Google News