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Acidente
18/10/2022 03:00:00

O que se sabe sobre o tiroteio durante campanha de Tarcísio de Freitas

Um tiroteio na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, interrompeu nesta segunda-feira (17/10) um compromisso de campanha de Tarcísio de Freitas, candidato a governador de São Paulo pelo Republicanos. Um suspeito acabou baleado pela polícia e morreu

O que se sabe sobre o tiroteio durante campanha de Tarcísio de Freitas

Tarcísio participava do ato de campanha no Polo Universitário de Paraisópolis. Ele estava no terceiro andar do prédio quando tiros foram disparados do lado de fora.

Ainda não se sabe o motivo do tiroteio.

Tarcísio afirmou que sua equipe foi "atacada" por criminosos, tratando o episódio como um atentado.

Tarcísio participava do ato de campanha no Polo Universitário de Paraisópolis. Ele estava no terceiro andar do prédio quando tiros foram disparados do lado de fora.

Ainda não se sabe o motivo do tiroteio.

Tarcísio afirmou que sua equipe foi "atacada" por criminosos, tratando o episódio como um atentado.

"Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1º Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da PMESP", escreveu o candidato no Twitter.

Mais tarde, em uma entrevista coletiva, Tarcísio voltou atrás e disse que nunca insinuou que o episódio seria um atentado contra ele - também afirmou que o tiroteio não teve a ver com política nem eleição.

Apesar disso, afirmou que "foi algo para intimidar, um recado claro do crime organizado para dizer que não éramos bem-vindos ali".

Segundo ele, enquanto o evento acontecia, dois motoqueiros fotografaram os seguranças do lado de fora. Depois, teriam voltado com armas e efetuado os disparos, diz o candidato.

"Em algumas regiões de São Paulo o crime organizado é hegemônico. Foi uma questão territorial, não teve a ver com questões políticas e eleitorais", disse Tarcísio.

Já o secretário de Segurança Pública de São Paulo, o coronel João Camilo Pires, afirmou que havia vários policiais militares fazendo a segurança do candidato na comunidade.

Os tiros teriam ocorrido a cerca de 100 metros do prédio onde estava Tarcísio, e os policiais da segurança reagiram.

"Pelos dados que temos até agora, eu não considero o que o candidato comentou (tentativa de um atentado). É minha opinião pessoal. É prematuro dizer isso", afirmou.

"Mas nenhuma hipótese é dispensada. Como disse o governador (Rodrigo Garcia), Paraisópolis é uma comunidade muito importante para São Paulo e, naturalmente, há pessoas contrárias à presença dos policiais ali", disse Pires.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou que pediu à polícia uma imediata investigação sobre o caso.

"Acabei de falar com Tarcísio de Freitas e ele e sua equipe estão bem. A Polícia Militar agiu rápido e garantiu a segurança de todos. Determinei a imediata investigação do ocorrido", escreveu Garcia, também nas redes sociais.

Em entrevista à CNN Brasil, Garcia afirmou que Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, é uma comunidade segura.

"Quero esclarecer rapidamente o que aconteceu. Paraisópolis é um local de homens e mulheres e de bem, uma comunidade segura. Não podemos confundir bandidos com toda a comunidade", disse o governador.

Garcia apoia Tarcísio no segundo turno das eleições a governador de São Paulo contra o ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT). O atual mandatário ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 18% dos votos.

Haddad, que aparece atrás de Tarcísio nas pesquisas de intenção de votos, também se pronunciou sobre o caso, dizendo repudiar "qualquer forma de violência".

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