"A UE condena veementemente os referendos ilegais planejados pelos pró-russos, que vão contra as autoridades ucranianas legais e democraticamente eleitas, violam a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e constituem uma clara violação do direito internacional", afirmou o alto representante da UE, Josep Borrell.
De acordo com ele, "a Rússia, sua liderança política e todos os envolvidos nesses referendos e outras violações do direito internacional na Ucrânia serão responsabilizados e outras medidas restritivas serão consideradas".
A votação divulgada pelos russos prevê a "criação de um Estado e a sua anexação à Rússia". Segundo a agência Tass, a consulta pública também será realizada em Zaporizhzhia, onde está localizada a maior usina nuclear da Europa, controlada atualmente por Moscou.
Posicionamento dos EUA
A Casa Branca informou que nunca reconhecerá os referendos relacionados à anexação de regiões separatistas ucranianas à Rússia.
A fala foi feita por Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA. Durante uma coletiva de imprensa na sede do governo norte-americano, Sullivan chamou os plebiscitos de "falsos" e afirmou que os russos vão manipular essas votações.
"Sabemos que esses referendos serão manipulados. Sabemos que a Rússia usará os falsos referendos como base para supostamente anexar esses territórios, agora ou no futuro", destacou.
Em seguida, o conselheiro de segurança do governo de Biden enfatizou que os Estados Unidos rejeitarão "inequivocamente" movimentações russas que buscam anexar territórios da Ucrânia .
"Deixe-me ser claro, se isso acontecer, os Estados Unidos nunca reconhecerão as reivindicações da Rússia a quaisquer partes da Ucrânia supostamente anexadas. Nunca reconheceremos este território como algo que não seja parte da Ucrânia. Rejeitamos inequivocamente as ações da Rússia", disse Jake.
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