Ao menos 21 pessoas morreram, várias estradas foram bloqueadas e inúmeras construções "severamente afetadas" em um terremoto de 6,6 graus de magnitude no sudoeste da China nesta segunda-feira (5).
O tremor aconteceu às 12H52 (1H52 de Brasília) na região montanhosa de Sichuan, 200 km ao sudoeste da cidade de Chengdu, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A profundidade do terremoto foi estimada em 10 km e seu epicentro foi situado a 39 km do cantão de Luding, informou a emissora estatal CCTV.
Um vídeo divulgado pela agência de notícias oficial Xinhua mostra lampadas balançando e destroços no solo.
A CCTV exibiu imagens de bombeiros retirando pedras que bloqueavam uma rodovia.
A cidade de Ya'an informou 14 mortos na região rural de Shimian, próxima ao epicentro, segundo a CCTV.
Estas vítimas se somam aos sete mortos anunciados horas antes pela prefeitura da vizinha Garze, que administra o cantão de Luding. Até o momento, foram registrados 21 mortos no total.
Diante do balanço que pode aumentar, o presidente Xi Jinping pediu que "todo o possível seja feito para ajudar as pessoas afetadas pela catástrofe e minimizar as perdas humanas", segundo a agência Xinhua.
"Casas foram gravemente afetadas e as linhas de telefonia foram interrompidas em alguns locais", afirmou a CCTV.
Mais de 1.000 soldados e oficiais do exército foram mobilizados, segundo a secretaria sismológica de Sichuan, que divulgou imagens de seus engenheiros equipados com computadores indo para o local.
De acordo com a CCTV, as autoridades locais também enviaram milhares de socorristas, bombeiros, médicos e membros da Polícia Armada Popular (agentes encarregados da segurança pública e mobilizados durante as catástrofes).
O tremor foi "relativamente forte", disse à AFP Chen, uma moradora de Chengdu, que não quis revelar seu nome completo. A cidade tem 21 milhões de habitantes e fica a quase 200 quilômetros do epicentro.
"Alguns de meus vizinhos disseram que o sentiram claramente", afirmou.
Como Chengdu está atualmente sob confinamento, "as pessoas não estão autorizadas a sair de seus complexos residenciais e muitos se refugiram nos quintais" das casas, acrescentou.
As autoridades ainda não informaram sobre os danos na cidade.
As autoridades de Chengdu prorrogaram no domingo o confinamento de seus habitantes após detectar centenas de novos casos de coronavírus.
Próximo ao epicentro do terremoto desta segunda-feira, as telecomunicações com Moxi, um pequeno vilarejo de 7.000 habitantes, foram cortadas, indicou a televisão estatal CGTN.
Mais de 500 bombeiros e funcionários das equipes de emergência foram enviados à região, informou a agência estatal Xinhua.
Um vídeo publicado pelo centro chinês de abalos sísmicos mostra várias pedras rolando colina abaixo no cantão de Luding, levantando nuvens de poeira.
Segundo o órgão, várias réplicas ocorreram após o primeiro tremor.
Um morador de Chongqing, a mais de 400 km do epicentro, indicou à AFP que o tremor foi sentido de forma "muito clara".
"Houve medo. Mas não parece as pessoas estavam muito preocupadas", explica.
A província de Sichuan, com várias montanhas e famosa por suas reservas de pandas, registra terremotos com frequência.
Em junho, um abalo de magnitude 6,1 sacudiu a província e deixou pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos.
Em maio de 2008, um tremor muito potente, de magnitude 7,9, deixou 87.000 mortos e desaparecidos em Sichuan, uma catástrofe que comoveu o mundo.
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