Alagoas possui 50,36% de sua população vivendo na pobreza, de acordo com o Mapa da Nova Pobreza, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ranking nacional, o estado fica atrás apenas do Maranhão (57,90%) e do Amazonas (51,42%).

A região do estado com maior parte da população em situação de pobreza é o Litoral Norte, com 64,30% dos habitantes vivendo com uma renda mensal de até R$ 497.
Em seguida, vêm o Litoral Sul e o Agreste, com 58,11% da população vivendo na pobreza, seguidos pelo Sertão (54,31%), entorno de Maceió (46,51%) e a capital (36,30%).

Ao CadaMinuto, o economista Jarpa Aramis explicou que o número subiu não só em Alagoas, mas em todo o Brasil: “A pandemia trouxe consequências devastadoras para a economia, principalmente as áreas que dependem de serviços, que ficaram paralisadas”.
Ele ressalta que a paralisação das atividades durante a pandemia causou uma “cadeia de consequências” principalmente o setor de serviços, que é o principal componente do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
“[É] uma consequência muito gritante, principalmente para essas camadas menos favorecidas que buscam oferecer sua mão de obra como principal instrumento de renda”, reforçou.
Jarpa citou a formação histórica do estado como um dos motivos para a colocação de Alagoas no ranking da pobreza, explicando as origens econômicas da monocultura da cana de açúcar: “Essa realidade não mudou muito, apesar do esforço do poder público no processo de diversificação da atividade produtiva”.
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