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Mundo
01/07/2022 06:00:00

China reage com forte indignação a alerta da Otan

China reage com forte indignação a alerta da Otan

A China reagiu com indignação nesta quinta-feira (30/01) a um alerta dado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre as ambições do governo liderado pelo presidente Xi Jinping.

novo conceito estratégico da Otan, divulgado na reunião de cúpula da entidade em Madrid, afirma, pela primeira vez, que as ambições e as políticas coercitivas da China representam desafios a seus interesses, valores e segurança.

A aliança advertiu ainda que a aproximação da China com a Rússia contraria os interesses ocidentais.

Na reunião, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, acusou a China de "reforçar substancialmente suas forças militares, incluindo seu arsenal nuclear, provocando seus vizinhos e ameaçando Taiwan".

"A China não é nossa adversária. Mas, temos de enxergar com clareza os graves desafios que ela representa", destacou. Esta foi a primeira atualização do concento estratégico da aliança desde 2010.

Os Estados Unidos vinham insistindo junto aos demais países da aliança para que prestassem atenção maior à China, apesar da resistência de alguns em desviar o foco das questões envolvendo a Europa.

Pequim se recusou a condenar a invasão russa da Ucrânia. Soma-se a isso o fato de que chineses e russos vêm aprofundando suas relações nas esferas comerciais e militares. Neste mês, Xi Jinping disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que Moscou pode contar com seu apoio no que diz respeito à sua soberania e segurança.

Líderes ocidentais acusam o governo chinês de "acobertamento diplomático", ao criticar as sanções ocidentais contra Moscou e o envio de armas à Kiev. A Otan também denunciou a China por lançar operações cibernéticas contra as nações aliadas e por sua "retórica de confrontação".

Um claro sinal do aumento das preocupações com a China foi a presença, pela primeira vez, do Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia na cúpula da Otan.

Indignação chinesa

Pequim rebateu enfaticamente as declarações da aliança, a qual acusou de manter possuir "mentalidade de Guerra Fria e inclinação ideológica".

"O chamado novo conceito estratégico ignora fatos, confunde [...] e difama a política externa chinesa", afirmou o porta-voz do Ministério chinês do Exterior Zhao Lijian. "A China se opõe categoricamente."

"Gostaríamos de alertar a Otan que exagerar uma suposta ameaça chinesa é algo completamente inútil", disse Zhao. O porta-voz disse que a China não representa o "desafio sistêmico" imaginado pela Otan, e que as afirmações referentes ao seu "desenvolvimento militar normal" e sua política de defesa nacional são irresponsáveis.

Ele, ao contrário, acusou a Otan de ser um "desafio sistêmico à paz e estabilidade mundial", e que "suas mãos estão manchadas com o sangue de pessoas em todo o mundo".

rc (AFP, AP)

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