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Geral
11/06/2022 03:00:00

Sepultados mais 10 corpos não reclamados em Maceió

Enterros foram realizados pelo Município para desafogar IML, que agora acumula 104 cadáveres em suas câmeras frias


Sepultados mais 10 corpos não reclamados em Maceió

O Instituto Médico Legal (IML) de Maceió divulgou que foram sepultados, nesta quinta-feira (9), mais dez corpos não reclamados. Com esses, já são 46 cadáveres sepultados, dos 150 que se acumulavam no instituto, por não terem sido procurados por familiares. Agora, caiu para 104 o número de corpos acumulados no IML.

Os sepultamentos de desta quinta foram realizados pela Prefeitura de Maceió, no Cemitério de São José, onde o Município está construindo gavetas para os cadáveres que foram recolhidos em seus limites.

Segundo o coordenador-geral de Gestão de Serviços Funerários da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), Chrystiano Lyra, a Prefeitura de Maceió já construiu mais de 40 gavetas, das 102 previstas.

O problema de superlotação no IML foi apresentado ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL) e à Secretaria de Segurança Pública do Estado, em abril deste ano. Na ocasião, o MP acionou os municípios alagoanos para a realização dos sepultamentos dos corpos encontrados em seus limites geográficos.

MACEIÓ

Lyra disse que, das 102 gavetas, 69 destinam-se aos corpos não reclamados que foram encontrados no perímetro do Município de Maceió. O restante dos espaços será destinado aos sepultamentos que ocorrem diariamente nos cemitérios públicos da capital.

Conforme o IML de Maceió, todos os corpos sepultados foram necropsiados, tiveram materiais biológicos recolhidos para posterior exame de identificação por meio de DNA e foram catalogados.

SUPERLOTAÇÃO

Em abril deste ano, o IML de Maceió anunciou que 150 cadáveres se acumulavam no instituto desde 2018. Sendo 69 deles encontrados dentro dos limites do Município de Maceió. A situação foi agravada em meados de abril, quando uma câmara, que acondicionava 50 corpos, apresentou defeito.

Com a construção das gavetas no Cemitério São José, o IML montou um cronograma para sepultar dez corpos semanalmente, até conseguir enterrar todos os cadáveres de Maceió que ainda estão acumulados.

Além dos dez corpos enterrados ontem, em Maceió, o IML já realizou quinze sepultamentos em Rio Largo, sete em Maragogi, dois em Satuba, dois em Pilar, quatro em Jacuípe e seis em União dos Palmares, totalizando 46 cadáveres, dos 150 que se acumulavam.

Construção de gavetas no Cemitério de São José deve ser concluída este mês

A previsão do Município de Maceió é que a conclusão da construção das gavetas restantes, destinadas ao sepultamento dos cadáveres recolhidos dentro dos limites do município e que ainda se encontram no IML, aconteça até o próximo mês de junho, contribuindo para desafogar o instituto.

Segundo o coordenador de serviços funerários da capital, Christiano Lyra, a construção do espaço possibilita um destino digno aos corpos que estão no IML, por não terem sido procurados por familiares.

“Dignidade é palavra que norteia os serviços funerários, atualmente, na Prefeitura de Maceió. Estamos trabalhando para desenvolver um sepultamento mais respeitoso para todos. Sendo assim, é importante a construção dessas novas gavetas, pois ajudará a sanar um problema criado nas gestões passadas e que não buscaram resolver. Estamos enfrentando esse problema e vamos resolvê-lo. Com muita responsabilidade estamos avançando a cada dia para um serviço funerário mais qualificado na cidade”, afirmou Lyra.

O chefe do IML de Maceió, perito médico legista Diogo Nilo, explicou que o órgão também foi responsável por apresentar a principal alternativa para resolver definitivamente o problema de superlotação no instituto devido ao acúmulo de corpos não reclamados.

“Provocamos o MP e a SSP, sugerindo que em situações como essa, quando o cadáver não for reclamado, seja sepultado no município de origem de seu recolhimento. Não é justo um único município receber toda a demanda de outros 53 municípios que integram a área de cobertura do IML de Maceió”, afirmou Diogo Nilo. (com assessoria)

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