O resultado da pesquisa Vigitel 2021 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que Maceió é a quarta capital brasileira com maior percentual de adultos com obesidade – 24,62% - atrás apenas de Porto Velho (26,41%); Manaus (24,98%) e Aracaju (24,97%). Os melhores resultados entre as capitais foram Vitória (17,91%); São Luís (18,04%) e Palmas (19,48%). Quando se compara a 2020, Maceió ocupava a 11ª colocação, com 22,29% da sua população adulta obesa. Ou seja, subiu de 22,29% para 24,62% no percentual de pessoas com obesidade.
Em relação à Região Nordeste, a capital alagoana fica atrás apenas de Aracaju, segundo os dados da pesquisa Vigitel. Os dados referem-se a percentual de adultos (≥ 18 anos) com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2).
Ainda em relação aos dados de 2021, do total de pessoas adultas com obesidade, 23,69% são homens e 25,37% mulheres. Já o percentual que avaliou negativamente o seu estado de saúde é de 6,18% em Maceió, um dos maiores do Brasil, atrás de Boa Vista (6,40%); Palmas (6,77%); Rio Branco (7,21%) e Rio de Janeiro (6,40%).
Os dados da Vigitel mostram, quando se fala em excesso de peso, ou seja, com IMC ≥ 25 kg/m2, que Maceió chega a 59,78%. Apenas Cuiabá (62,66%) e Rio de Janeiro (60,38%) têm percentuais mais altos.
Na avaliação do endocrinologista Edson Perroti, a pesquisa da Vigitel é uma importante estimativa próxima da realidade. “A pandemia agravou muito a situação. As pessoas ficaram mais tempo em casa e passaram a comer mais. Há um componente genético, mas há muito da ingestão de alimento muito calórico e sedentarismo”, declarou o endocrinologista.
Ainda segundo Edson Perroti, é preciso reduzir a ingestão de alimentos calóricos e cuidar do corpo, praticando atividades, mesmo aquelas consideradas mais simples, como caminhadas curtas e subir escadas. “Reduzir a quantidade de comida, a ingestão de gordura, de doces e aumentar o consumo de fibras. Iniciar uma rotina vai ajudar muito”, acrescenta o médico.
O IMC é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de sobrepeso e obesidade. É calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).
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