Segundo o site do Parque Nacional de Nikko, a malvada raposa de nove rabos foi transformada em uma enorme pedra por um adivinho. Por conta disso, a pedra ficou "impregnada com a aura maligna da raposa".
Ela teria sido então partida em três pedaços, e um deles seria justamente o Sessho-seki, encontrado no parque.
Chama atenção o fato de que nenhuma vegetação cresce ao redor da pedra - e por isso sua fama de maldita se espalhou.
Na verdade nada vinga por lá porque o solo do parque é impregnado com sulfeto de hidrogênio, um gás bastante tóxico.
A história da "pedra da morte" aparece no tradicional livro de haikais (poesia japonesa) "Oku no Hosomichi", traduzido como "Trilha estreita ao confim" no Brasil.
A obra, do poeta Matsuo Bash?, é considerada um dos principais textos da literatura japonesa do período Edo - entre os séculos XVII e XIX.
Na publicação, ele narra que “O Sessho-seki está localizado em um recesso de montanha onde uma fonte termal flui".
"O ar venenoso da pedra ainda permanece e o chão está coberto de tantas abelhas e borboletas mortas que você mal consegue ver a cor da areia”, diz o haikai.
O poema sobre a pedra descreve como os vapores tóxicos queimaram a grama durante o verão, deixando tudo em vermelho.
Mas o que quebrou a pedra?
Ainda não se sabe o que levou a "pedra da morte" a se partir em dois. A hipótese mais plausível, aceita pelas autoridades japonesas, é a de que ela se rompeu por causas naturais.
g1