Como anunciado nessa terça (31), as tarifas dos serviços de água e esgoto na capital e na região metropolitana, que abrange outras nove cidades, sofrerão aumento de 8,085% a partir de 1° de outubro, o que corresponde a um reajuste de aproximadamente R$ 4. A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na segunda (30).
Como resultado da reunião, a ANA deverá investigar o aumento de mais de 8%. Aliado a isso, o prefeito JHC e os parlamentares também devem pedir oficialmente explicações à BRK Ambiental, que começou a operar o sistema de fornecimento de água e saneamento na região, além do governo estadual e da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal).
Mais cedo nesta quarta (1º), o prefeito JHC voltou a criticar a postura do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que não vem cumprindo seu papel em prol de quem mais necessita. Em publicação nas redes sociais, JHC questionou Renan Filho. "Que absurdo, governador @renanfilho! Em plena pandemia, momento difícil para a população, seu governo anuncia aumento na conta de água em mais de 8%. É isso mesmo?".
O prefeito ainda citou que o descaso é "em especial com os mais pobres que lutam para pagar as contas" e pediu que a decisão de aumentar as tarifas dos serviços de água e esgoto fosse reconsiderada.
"O aumento da conta de água em um momento tão delicado é uma falta de sensibilidade com quem mais precisa. É um completo absurdo! Quando assumi a prefeitura, não haviam sequer informações e nem planejamento sobre como a BRK iria atuar. O governo de Alagoas usurpou a titularidade sobre o saneamento dos município", criticou JHC, após a reunião.
Ele ainda frisou que Maceió tem 80% dos usuários da Região Metropolitana e tem apenas 13% de poder decisório no conselho. "Os mais de R$ 2 bilhões adquiridos com a outorga dos serviços de água e esgoto foram todo para a conta do Estado e seguem investidos sem nenhuma transparência. São recursos que poderiam ajudar a mudar a vida de milhares de pessoas”, completou.
Já o deputado federal Pedro Vilela classificou o aumento como inoportuno. "É tudo o que o alagoano não precisa nesse momento. Como se já não bastasse o gás, combustível, alimentos... Vamos requisitar do governo do estado as informações que “justificaram” esse aumento e buscar as providências cabíveis."
Também presente na reunião, o senador Rodrigo Cunha afirmou que o reajuste precisa ser apurado e que "falta mais transparência e responsabilidade por parte do governo do estado".
*com informações da assessoria.
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