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Economia
15/08/2021 21:00:00

Cesta básica tem aumento de 22,56% em Maceió


Cesta básica tem aumento de 22,56% em Maceió

“Está tudo muito caro, a gente não sabe mais o que fazer, vem fazer compra e não sabe o que comprar. A gente não consegue comprar mais carne, pois o dinheiro não dá. Eu sou aposentada e continuo trabalhando”, o relato emocionado da aposentada Suzete Maria da Silva, de 66 anos, de Maceió, comoveu o Brasil no dia 14 de julho deste ano, durante entrevista à TV Gazeta de Alagoas. A angústia da dona Suzete é reflexo das altas nos preços dos alimentos. Em Maceió, a cesta dos 35 produtos de largo consumo nos supermercados acumula alta de 22,56% entre junho de 2020 e junho deste ano, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Esta foi a sexta maior alta aferida entre as 21 localidades pesquisadas pela entidade.

A alta em nível nacional foi de 22,11%. De acordo com a Abras, para comprar estes 35 produtos de largo consumo, os maceioenses precisaram desembolsar R$ 616,05 em junho deste ano. No mesmo mês do ano passado, era preciso R$ 502,64. Ou seja, em um ano,houve um acréscimo de R$ 113,41 para comprar exatamente os mesmos produtos. O menor aumento nesse período foi registrado em Cuiabá, no Mato Grosso, com alta de 16,35%. Por lá, esta cesta de produtos custou R$ 524,02. Mas, o local mais barato para compra esta cesta no Brasil é Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde custa R$ 517,14. Já o local mais caro para comprar é na Grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde é preciso desembolsar R$ 749,03 para comprar esses itens. Em Maceió, de janeiro a junho deste ano, esta cesta com os 35 produtos de largo consumo nos supermercados aumentou 7%.

Ela começou o ano custando R$ 575,72 e saltou para R$ 616,05, uma alta de R$ 40,33. Esta alta em Maceió no primeiro semestre deste ano está acima da aferida nacionalmente, que ficou em 4,05%. Os dados da Abras mostram que foi na passagem de maio para junho que a cesta de produtos chegou à casa dos R$ 600 em Maceió. Somente nesta passagem de mês foi registrada uma alta 4%. Em Maio essa cesta custava R$ 592,34 e passou para R$ 616,05 em junho. Em nível nacional, a cesta subiu 1,34% em relação a maio. Entre os produtos que impulsionaram o custo da cesta estão o queijo muçarela (6,93%), o leite longa vida (4,69%), o frango congelado (4,38%), o açúcar (4,36%) e o extrato de tomate (3,70%). A muçarela foi o único item da cesta que, no acumulado do ano, teve queda (-1,20%).

A cebola (-13,53%), batata (-9,19%), tomate (-5,84%), xampu (-2,30%) e desinfetante (-1,63%) foram as maiores baixas. Destaque para a cebola que, apesar da queda registrada também em junho, ainda teve aumento de 11,84% no acumulado do ano. No acumulado dos últimos 12 meses a queda foi de 41,57%.

REGIÕES

Em junho, as cinco regiões do País tiveram alta no preço da cesta dos 35 produtos mais procurados nos supermercados. A maior oscilação foi no Nordeste, +2,48%. A cesta passou de R$ 581,26 para R$ 595,70. A alta da cesta no Sul foi a segunda maior, com +2,05%. Lá a cesta subiu de R$ 709,59 para R$ 724,14. Nas capitais e principais regiões pesquisadas, a maior variação aconteceu em João Pessoa, +5,84%, passando de R$ 553,62 para R$ 585,95. A cesta baixou de preço em Cuiabá (-0,99%), Natal (-0,82%), Grande Belo Horizonte (-0,53%) e Grande Vitória (-0,40%).

Para o segundo semestre, a Abras mantém o otimismo e destaca como os principais itens, que tendem a favorecer a retomada econômica, o pagamento do auxílio emergencial a partir de 18 de agosto, o terceiro lote da restituição do Imposto de Renda, os R$ 82 milhões do auxílio emergencial para mais de 110 mil mulheres chefes de família monoparental e datas comemorativas como o Dia dos Pais, feriado de 7 de setembro, Dia da Criança e o Black Friday. “Estamos confiantes com a retomada gradual da economia, com o avanço da vacinação, o retorno da normalidade, os investimentos programados pelo setor para o 2º semestre do ano, e com as medidas de auxílio social, que estão sendo debatidas atualmente pelo governo federal”, diz o vice-presidente da entidade, Marcio Milan. “Neste cenário mantivemos nossa projeção inicial de crescimento para nosso Índice Nacional de Consumo INC ABRAS nos lares brasileiros em 4,5% este ano. Em setembro faremos uma nova revisão e projeção”, conclui.

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