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Maceió está sob risco muito alto de transmissão de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo boletim divulgado na última quinta-feira (22), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para a instituição, o cenário sugere possível manutenção do número de hospitalizações e óbitos em alto patamar, caso medidas preventivas não sejam adotadas.
O levantamento da Fiocruz ressalta ainda que, além de Maceió, todas as capitais do País se encontram com nível de transmissão alto, muito alto ou extremamente alto de SRAG. Em nove delas - Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Macapá, Porto Alegre, São Paulo e Teresina) - o risco de transmissão é extremamente alto.
Na categoria de risco muito alto estão, além da capital alagoana, Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e Salvador. Já na faixa de risco alto estão Belém, Boa Vista, Cuiabá, Palmas, São Luís e Vitória.
Em contrapartida, o boletim da Fiocruz informa que apenas dois estados - Acre e Amazonas - apresentam sinal de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave na semana epidemiológica 28, que compreende o período de 11 a 17 de julho.
No Amazonas também se observa sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. No Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul observa-se sinal moderado de crescimento apenas na tendência de curto prazo, com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo nos dois primeiros e sinal moderado de queda na tendência de longo prazo no último.
“Embora os sinais de tendência de queda e estabilidade sejam positivos, indicando poucos estados atualmente com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo, os valores semanais continuam elevados, como apresentado pelo indicador de transmissão comunitária", ressaltou o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
"Todos os estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que 12 deles e o Distrito Federal têm macrorregiões em nível extremamente elevado. Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão”, defendeu.
Definição
A SARS é transmitida por gotículas que penetram no ar, quando alguém com a doença tosse, espirra ou fala. Nenhuma transmissão conhecida ocorreu desde 2004. Os sintomas incluem febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade para respirar. Não existe tratamento, exceto cuidados médicos e paliativos.
