Nesta semana, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um pronunciamento em rede nacional de televisão defendendo o retorno às aulas presenciais. "Quero neste momento conclamá-los ao retorno às aulas presenciais. O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas gerando impacto negativo nestas e nas futuras gerações".
No começo deste mês, Ribeiro, juntamente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já havia feito declarações do gênero. À época, ele afirmou que "passou vergonha em reunião do G20", pelo fato do Brasil ser "um dos últimos países com escolas e universidades fechadas".
Acontece que o Brasil é o segundo mais onde mais morrem pessoas em decorrência da Covid-19, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com dados da Agência Brasil, até essa quarta-feira (21), o país tinha 545.604 mortes e 19.419.437 de casos.
Mesmo assim, Ribeiro classificou o retorno ao presencial como uma "necessidade urgente". A fala pegou as instituições federais em Alagoas de surpresa, especialmente, como disse a pró-reitora de ensino do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Cledilma Costa, "em relação aos recursos e protocolos".
No Ifal ainda não foi definida uma data para a volta, e a instituição segue com o calendário à distância. O retorno ainda está sendo planejado junto aos 16 campis, de forma gradual e com segurança. "A nossa maior oferta é a educação profissional, com uma parte da carga horária voltada para formação prática. Nossa perspectiva é que esse seja o primeiro a voltar, juntamente às turmas que estão concluindo os cursos", explicou Cledilma.
A pró-reitora contou que o colégio dirigente não está adotando o conceito de educação híbrida, defendendo apenas um retorno presencial de maneira segura. O Ifal está desde agosto de 2020 com aulas online, alguns campis ainda estão finalizando o ano letivo passado, enquanto que outros já começaram o de 2021.