O número de desligamento contratuais por morte de trabalhadores alagoanos da área de educação avançou 120% nos quatro primeiro meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com os dados, recolhidos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, de janeiro a abril deste ano morreram 11 profissionais da educação no Estado, contra cinco registrados no mesmo período de 2020. O levantamento não fala explicitamente em Covid-19, mas pelo menos em alguns casos a relação é evidente.
"O aumento no número de desligamentos por morte entre os trabalhadores da educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por Covid-19", explica, em nota, o departamento.
O ranking da mortalidade na área de educação é encabeçado por Rondônia, com um total 17 mortes, um avanço de 1.600% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado. Em seguida aparecem Amazonas, com 925% (um salto de 4 para 41 mortes), Mato Grosso (525%), de 4 para 25 óbitos, e Pará (329%), de sete para 30.
Na outra ponta do ranking, Tocantins aparece sem nenhuma morte este ano. No primeiro quadrimestre de 2020, o estado tinha registrado cinco óbitos. Em seguida aparecem Roraima, com uma morte e crescimento zero em relação ao ano passado, Paraíba (15%), de 13 para 15 mortes, e Maranhão (17%), de 12 para 14 mortes.
Em todo o País, o número de contratos de trabalho extintos por morte na área da educação cresceu 128% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, atingindo 1.479 profissionais.
Segundo o levantamento do Dieese, os professores com ensino superior que dão aula no ensino médio foram os que tiveram maior aumento percentual no número de desligamento por morte: 258%, de 26 para 93. Entre os de nível superior no ensino infantil ou fundamental, houve crescimento de 137%, de 70 para 166. E entre professores de ensino médio na educação infantil ou fundamental, alta de 238%, de 21 para 71 profissionais.