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03/07/2021 04:00:00

Alteração da pressão arterial em crianças e jovens pode estar associada a estilo de vida e genética


Alteração da pressão arterial em crianças e jovens pode estar associada a estilo de vida e genética

Quando pensamos em crianças e adolescentes não imaginamos que possam apresentar problemas sérios como alterações da pressão. No entanto, eles também sofrem com doenças cardiovasculares como hipotensão e hipertensão.Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão apontam que 3,5 milhões de crianças sofrem com pressão alta. Números da Organização Mundial da Saúde registram 9,4 milhões de mortes pela doença no mundo. Segundo o médico Sérgio Timerman, diretor do Centro de Parada Cardíaca e Ciência da Ressuscitação do Incor – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – “junk food, consumo excessivo de sódio, uso de drogas ilícitas, álcool e a hereditariedade” são fatores que contribuem para o problema. O equilíbrio da pressão é bastante delicado.

Há duas formas de alteração da pressão: a hipertensão, ou pressão alta, e a baixa, chamada de hipotensão. Muitas vezes essas alterações podem não causar sintomas, por esse motivo é necessário tomar muito cuidado. Pressão abaixo de 9 por 6 já é considerada hipotensão. Essa alteração, segundo Timerman, “deve ser tratada por toda a vida, acompanhada de medidas dietéticas, com mudanças de hábitos e estilo de vida. Seus sintomas podem aparecer quando há uma desidratação ou a temperatura ambiente está muito elevada, o que dilata as artérias, fazendo com que haja a necessidade de mais força para bombear o sangue”. A pessoa fica tonta, com a sensação de que vai desfalecer. O mesmo acontece quando a pessoa está deitada e levanta muito rápido e sente tontura. A hipotensão não é considerada uma doença, mas sim um indicativo de doença.                                                                                                             

Já a hipertensão é considerada uma doença crônica, na maioria das vezes incurável, que deve ser tratada. Muitas vezes, mudanças simples podem contribuir para a reversão do quadro. “A obesidade infantil tem sido um fator diretamente relacionado com o problema. Alguns pacientes jovens podem apresentar uma causa secundária, como um estreitamento da artéria do rim, estreitamento da aorta e algumas alterações metabólicas, como apneia do sono e pequenos tumores benignos. Tratados esses problemas, é possível reverter a hipertensão secundária”, diz Timerman. Se não for cuidada da maneira adequada, a hipertensão pode causar infarto, AVC e problemas renais. Por esse motivo, detectar o problema ainda no início e manter a doença controlada são fatores essenciais.

Jornal USP



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