Começou afirmando que “o Brasil está de luto”. Destacou que a vacinação segue em ritmo lento e a curva de contaminação está estável, mas alta. Disse, ainda, que a notícia do torneio “foi considerada um agravo por grande número de pessoas, considerando-se a precariedade e gravidade das condições sanitárias, sociais e econômicas decorrentes da pandemia”. Divergiram da ministra a respeito do mandado de segurança os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Votaram com a ministra Barroso, Fux, Rosa Weber, Toffoli, Gilmar Mendes, Lewandowski e Marco Aurélio.
Na ADPF 756, relatada por Lewandowski, o ministro entendeu que “o Governo Federal tem a obrigação de tornar públicas, com a celeridade que as circunstâncias exigem, considerada, especialmente, a proximidade do início dos jogos da Copa América 2021, as providências que adotou, ou que pretende adotar, para garantir a segurança da população durante o evento e, de modo particular, a dos torcedores, jogadores, técnicos, integrantes das comitivas e profissionais de imprensa que ingressarão no País”.
A ação do PT pede a suspensão da Copa América, porque o torneio seguiria na contramão de todo o trabalho de combate à pandemia no Brasil. Para a legenda, a realização da disputa é inconstitucional, pois, ao prejudicar o combate à pandemia e expor à população até ao risco de novas variantes da covid-19, atentaria contra a promoção da saúde no país. Para que o evento ocorra, o ministro Lewandowski pediu ao governo que apresente, em 24 horas, uma série de planos para evitar o agravamento da pandemia mesmo com a realização do torneio.
Neste caso, a ação está mais desequilibrada. Seguem o relator os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Divergem Marco Aurélio, Roberto Barroso e Nunes Marques, o mais novo da corte e indicado de Jair Bolsonaro para a cadeira.
Correio Braziliense