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Justiça
08/06/2021 14:00:00

STF manda PGR avaliar se Bolsonaro cometeu genocídio


STF manda PGR avaliar se Bolsonaro cometeu genocídio

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR) avalie se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu o crime de genocídio na pandemia do coronavírus

A determinação de Rosa Weber para que a PGR avalie a petição é algo protocolar, pois cabe ao órgão tomar posição sobre o assunto. No entanto, a ministra poderia ter arquivado a ação — mas ela decidiu enviar à procuradoria —, como revelou o UOL.

Bolsonaro foi alvo de uma petição apresentada pelo advogado Jefferson de Jesus Rocha, que baseou sua manifestação em passagens religiosas, e acusou Bolsonaro de ao menos quatro crimes.

Os crimes cometidos por Bolsonaro, segundo Rocha, são:

  • genocídio, previsto na lei 2889/56;

  • charlatanismo, previsto no artigo 283 do Código Penal, sobre "inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível";

  • perigo para a vida ou saúde de outrem, previsto no artigo 132 do Código Penal, que se refere a "expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente";

  • fraude processual, previsto no artigo 347 do Código Penal, que trata sobre "inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito".

De acordo com o Art. 1º, o crime de genocídio se enquadra em "quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:

  1. matar membros do grupo;

  2. causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

  3. submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

  4. adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

  5. efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.

"Estávamos em um verdadeiro Apocalipse", diz Rocha

No documento apresentado pelo advogado, ele diz acreditar que "estávamos em um verdadeiro Apocalipse" e que, "desde o mês de março de 2019 tento alertar os moradores do meu município", Caculé, na Bahia.

Isso porque, nas cinco páginas da petição, Rocha faz uma ligação com a ida de Bolsonaro ao Templo de Salomão, da Igreja Universal, com a pandemia. Em 2019, Bolsonaro foi ungido por Edir Macedo, líder da igreja.

Mesmo sem apresentar provas no documento, que agora foi enviado à PGR, Rocha diz que tentou até contato com o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele queria ser ouvido pela comissão.

Após PGR, ministra irá avaliar a petição

O despacho foi publicado no sistema eletrônico do STF em 4 de junho. No documento, Rosa Weber determinou "a abertura de vista dos autos à Procuradoria Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte". 

Após a manifestação da PGR, como protocolo, a ministra irá avaliar a petição.

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