O curso de Engenharia Elétrica vai ofertar vagas no segundo edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), deste ano, com publicação prevista para o mês de junho. Criado em 12 de novembro de 2019, conforme Resolução nº 79/2019 do Conselho Universitário (Consuni), o curso está na estrutura do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) e é a mais nova graduação da Universidade Federal de Alagoas.
A aprovação para a implantação do curso de Engenharia Elétrica ocorreu três meses antes da decretação da emergência sanitária no Brasil, ocorrida em março de 2020, por conta da pandemia que mudou o ritmo das rotinas acadêmicas na Ufal, que seguem remotamente. O primeiro desafio enfrentado, para um curso que estava iniciando, veio com suspensão do então semestre letivo, o que, sem dúvida, representou um grande impacto para os novos alunos que estavam chegando à universidade.
De acordo com a coordenadora Alana Kelly Xavier Santos, o empenho da coordenação do curso superou outro desafio para se integrar ao novo ritmo acadêmico da instituição, por meio do Programa Letivo Excepcional (PLE). Mas, segundo Alana, os obstáculos foram superados e colhidos bons resultados. Das 40 vagas ofertadas pela graduação houve a participação de 36 discentes.
“Trabalhamos com empenho para o estímulo aos alunos da primeira turma vencendo desafios. Com a pandemia foi adiado o ingresso dos primeiros discentes, mas a coordenação do curso e as ações de toda a gestão da Ufal, a exemplo da Prograd, Copeve e Consuni, possibilitaram que os alunos da primeira turma entrassem ainda no ano de 2020 no PLE e continuassem seus estudos no período 2020.1. Essas ações foram promovidas para não trazer nenhum prejuízo aos discentes”, disse Alana.
Segundo a coordenadora, motivar os discentes a continuar os estudos em meio à pandemia consiste ainda no maior desafio enfrentado: “Temos feito isso desde o primeiro edital de pré-matrícula de 2020 da Copeve. Para as boas-vindas aos novos discentes, solicitamos à Copeve os contatos de todos que fizeram a pré-matrícula no curso. Realizamos dois cursos de nivelamento, um em Matemática e o outro em Física e essas atividades oportunizaram aos novos alunos aulas e revisão de conteúdos relacionados a essas disciplinas do ensino médio”.
A aula inaugural on-line, antes do início do PLE [período em que os discentes de Engenharia Elétrica ingressaram na Ufal de forma oficial], com participação da direção do Ceca, coordenação, secretaria, professores e todos os discentes do curso, também foi destacada por Alana como uma atividade de motivação e integração, com bons resultados. Foram feitos sorteios de livros e palestras de engenheiros eletricistas que atuam no mercado de trabalho, como também abordagem sobre o curso e o Programa PLE.
O curso de Engenharia Elétrica da Ufal tem duração mínima de cinco anos e a estrutura curricular está dividida em 10 semestres, contando com o estágio e o trabalho de conclusão (TCC). Oferta anualmente 40 vagas, sempre no segundo semestre letivo do ano. Segundo a coordenadora Alana Santos, o curso foi criado em parceria com os professores de Engenharia de Energia, uma das graduações do Campus Ceca. “Antes da criação do curso, Engenharia de Energia tinha oferta semestral, mas depois passou a ter anual, para que se possa compartilhar os mesmos professores dos dois citados cursos. Alternando, assim, os semestres de entrada e disciplinas oferecidas por ambos”, enfatizou.
Campos de atuação
O profissional graduado em Engenharia Elétrica é intitulado de engenheiro e engenheira eletricista. A estrutura curricular do curso da Ufal foi elaborada de forma a proporcionar aos egressos uma formação humana e profissional que conduzam ao desenvolvimento de uma postura ética e de habilidades técnicas e organizacionais, constituintes do perfil com competência, visão de futuro e responsabilidade socioambiental. O que possibilita ao egresso trabalhar em todas as subáreas da Engenharia Elétrica: Eletrotécnica, Eletrônica, Controle e Automação e Telecomunicações.
O engenheiro ou engenheira eletricista pode desenvolver atividades nas áreas de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, telefonia, antenas e propagação, instrumentação, automação, sistemas eletrônicos analógicos e digitais, projetos de circuitos digitais, entre outros. Também prestar consultoria empresarial, administrativa e gerencial, bem como atuar em áreas multidisciplinares que envolvem conhecimentos básicos de eletricidade, eletrônica, computação e biogenética.
Mestre e doutora em Engenharia Elétrica, Alana Santos, ao falar sobre a positividade da criação do curso de graduação conectada com o desenvolvimento local, aproveita para tecer agradecimentos ao apoio recebido e destacar a importância para Alagoas: “Em nome de todo o grupo, direção do Ceca, coordenação, secretaria e professores do curso ratifico a felicidade de poder estar participando, desde o início, desse projeto. Estamos trabalhando com muito afinco para fazer do curso de Engenharia Elétrica da Ufal um sucesso, visando ao desenvolvimento econômico, tecnológico e promover muita alegria aos filhos e filhas de Alagoas”.