Ex-presidente Lula, que comandou o Brasil entre 2003 e 2011, confirmou a uma revista francesa que será candidato nas eleições presidenciais no ano que vem.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quinta-feira (22), à revista Paris Match, que será mesmo candidato nas próximas eleições presidenciais brasileiras em 2022.
"Serei candidato contra Bolsonaro", confirmou o ex-presidente Lula.
Em um momento em que a pandemia no Brasil já custou mais de 400 mil vidas e o valor do real caiu cerca de 40% só em 2020, Lula afirma querer tirar seu país do impasse e das crises geradas por Bolsonaro na economia e na saúde.
Em entrevista à publicação, Lula falou sobre ter contraído a COVID-19 em janeiro passado e respondeu que depois dos antibióticos ficou bem, mas continua tomando precauções.
"Mesmo vacinado, continuo me cuidando. Evito as multidões, continuo usando máscara e uso álcool em gel sempre que preciso. Você vê quem mais me ama sou eu mesmo!", brincou o futuro candidato à Presidência do Brasil.
Ao ser perguntado sobre a corrida presidencial no ano que vem, Lula não hesitou em confirmar. "Se estou na melhor posição para ganhar as eleições presidenciais e gozo de boa saúde, sim, não hesitarei. Acho que fui um bom presidente. Criei laços fortes com Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China e Rússia", referindo-se à política externa de seus dois mandatos entre 2003 e 2011.
"Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial", enalteceu.
Questionado sobre a condenação recente do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro por parcialidade no caso em que foi considerado culpado, Lula relembra seu primeiro depoimento em que disse ao então juiz que estava sendo condenado "antes mesmo de ser julgado".
"O que eles não sabiam é que estou pronto para lutar até o último suspiro para provar que se uniram para me impedir de ir às eleições [de 2018]", concluiu Lula.
A publicação quis saber como Lula observa as relações diplomáticas entre Brasil e França, e o petista foi enfático ao dizer que acha a relação franco-brasileira "extraordinária" e "excepcional".
Para Lula, o Brasil não deveria procurar entrar em conflito com nenhum país. Mesmo com qualquer divergência entre países e presidentes, o político acredita na importância de manter relações diplomáticas saudáveis para garantir a democracia, a política de desenvolvimento, as relações comerciais, a ciência e a tecnologia.