O ex-chanceler Ernaesto Araújo disse à CPI da Pandemia que não avisou Bolsonaro sobre a carta da Pfizer que pedia celeridade na decisão sobre a compra das vacinas. Ele explicou que acreditava que o presidente já sabia sobre correspondência.
Em 15 de setembro a embaixada do Brasil nos EUA enviou um comunicado sobre a carta ao Ministério das Relações Exteriores. Araújo disse que a assessoria internacional do Ministério da Saúde também foi informada.
Na semana passada, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, disse que a carta ficou parada por dois meses sem resposta de autoridades brasileiras.
O presidente da Pfizer da América Latina relatou que além da carta, o governo Bolsonaro ainda ignorou três propostas de fornecimento e que o país poderia ter recebido 1,5 milhão de doses em 2020 e 18,5 milhões até junho de 2021 caso tivesse celebrado o acordo.
O ex-ministro também falou sobre a decisão de aderir ao consórcio Covax Facility, da OMS. Ele afirmou que a decisão de optar por receber vacinas para apenas 10% da população brasileira em detrimento de 50% foi do Ministério da Saúde.
Araújo citou uma reunião para discutir o consórcio Covax e disse que o presidente Bolsonaro não participou do encontro.