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18/07/2007 00:00:00

Polícia


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Um crime macabro, com motivações financeiras, teve mais um capítulo na manhã de hoje, com a exumação do corpo da empresária Maria Aliete Silva, 36 anos, que foi seqüestrada por volta das 19h do dia 13 de junho e cujo corpo foi encontrado no dia 5 de julho, em uma matagal da localidade da Mata do Rolo, com marcas de tiro.

Estiveram presentes ao Cemitério Divina Pastora, no Rio Novo, onde a empresária foi enterrada como indigente, o diretor-geral do Instituto Médico Legal, Kleber Santana, integrantes do Tático Integrado Grupo de Resgates (Tigre), além do marido, filhos e parentes da vítima.

O clima era de emoção e resignação por parte dos irmãos e dos filhos, que vestiam camisas com a foto da empresária, que traziam a frase “saudades eternas”. Após a exumação, o corpo de Maria Aliete foi colocado em um caixão e será encaminhado para a cidade de Cajueiro, onde será sepultado ainda hoje.

O seqüestro

Maria Aliete e seu marido, Adelson dos Santos, 39 anos, saíam da Igreja das Graças, por volta das 19h, quando foram interceptados por dois veículos, um Fiat Uno táxi e um Escort, com vários homens armados, que obrigaram o casal a seguir no sentido Farol/Tabuleiro.

Ao chegar próximo ao Cemitério Parque das Flores, na Avenida Durval de Góes Monteiro, Adelson afirmou que os bandidos teriam dito que ficariam com Maria Aliete. O empresário não denunciou o seqüestro e só acionou a polícia 24 horas após o crime.

A equipe do delegado Flávio Saraiva deu início às investigações do suposto seqüestro, até que no dia 5 de julho o corpo da empresária foi encontrado e posteriormente identificado pela arcada dentária e por um pingente de ouro que ela utilizava.

Segundo Adelson dos Santos, os bandidos teriam entrado em contato com a família apenas uma vez, 24 horas o seqüestro, pedindo resgate de R$ 100 mil, que não chegou a ser pago.

As contradições

Maria Aliete e Adelson dos Santos haviam completado 28 anos de relacionamento, entre namoro e casamento. O casal tem dois filhos, que na manhã de hoje também estavam no cemitério, mas não quiseram falar com a imprensa.

Os empresários são donos de padarias, dois mercadinhos e casas de aluguel na região do Bom Parto, o que poderia ser o motivo do assassinato. Informações não-oficiais dão conta que os dois estariam se separando, o que teria provocado uma briga pela partilha dos bens. No entanto, Adelson dos Santos disse que a informação não passa de boato.

Outro ponto questionado pelos responsáveis pelo inquérito seria o prazo aguardado pelo empresário para denunciar o desaparecimento da esposa, mesmo diante da ação ousada dos bandidos, conforme ele mesmo narrou em depoimento posterior.

Em entrevista à reportagem do Alagoas24horas, Adelson dos Santos disse que espera a apuração do assassinato da sua mulher e que ele mesmo estaria “pesquisando”, uma vez que acredita que alguém “próximo” teria dado a dica sobre a rotina do casal.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Cláudia Galvão

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