A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) respondeu nesta segunda-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda na tarde deste dia determinou prazo de 48 horas para que a agência detalhasse os documentos faltantes para a análise de importação da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida na Rússia.
A determinação do STF, feita pelo ministro Ricardo Lewandowski, atendeu a pedido feito pelo estado do Maranhão. Em seu site, ao comunicar que remeteu as informações ao STF, a Anvisa disse também que "disponibilizou ao estado do Maranhão amplo acesso aos autos do processo administrativo que tramita na agência"
No dia 26 de abril, a diretoria colegiada da autoridade sanitária brasileira negou o pedido de importação da Sputnik V feito por dez estados brasileiros. Os diretores argumentaram que os documentos apresentados pelo Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina, não foram suficientes para atestar a qualidade, a eficácia e a segurança do imunizante.
Diante da negativa, representantes do imunizante acusaram a Anvisa de agir sob influência política dos Estados Unidos, o que foi rebatido pela agência.
Na sequência, os estados apresentaram novo pedido de importação da Sputik V à Anvisa, com novos documentos, e o pedido foi mais uma vez negado pela agência brasileira.
Diante do vai e vem de documentos, o Maranhão pediu nova análise de documentos à Anvisa, pedido que foi reforçado pela determinação de Lewandowski ocorrida nesta segunda-feira.
A Sputnik V é a aposta de vários estados do Nordeste e do Norte do Brasil para ampliar a vacinação contra a Covid-19. O imunizante já é utilizado em mais de 60 países. Também o Ministério da Saúde já encomendou 10 milhões de doses da vacina.