As autoridades indonésias confirmaram neste sábado (24) que o submarino que desapareceu na costa de Bali com 53 pessoas a bordo na última quarta-feira afundou, após a descoberta de destroços e objetos no mar.
"Com base nos elementos que encontramos e que vêm do 'KRI Nanggala', mudamos a situação do submarino de 'desaparecido' para 'afundado'", declarou Yudo Margono, porta-voz da Marinha da Indonésia, em uma entrevista coletiva.
As equipes militares de resgate mobilizadas encontraram destroços do submarino e objetos de dentro do aparelho, sugerindo danos irreparáveis.
A Marinha havia estimado que a tripulação teria oxigênio para sobreviver 72 horas em caso de pane elétrica, mas esse prazo terminou esta manhã, tornando muito improvável que haja sobreviventes.
Centenas de militares e cerca de 20 embarcações foram mobilizados para localizar o "KRI Nanggala 402".
Os objetos recuperados "não poderiam ter saído do submarino sem uma pressão externa ou sem danos em seu sistema de lança-torpedos", explicou o porta-voz da Marinha. Entre os objetos recuperados está um fragmento do sistema de torpedos e uma garrafa de lubrificante usado para o periscópio do submarino. Também foi encontrada uma almofada de oração utilizada pelos muçulmanos.
Além disso, foi detectada uma mancha de óleo na área onde o submarino naufragou, sugerindo o rompimento de um tanque de combustível.
Esta mancha de combustível é um "mau sinal", comentou o vice-almirante francês Jean Louis Vichot, ex-comandante de submarinos nucleares estratégicos (SNLE). "Esse diesel fica guardado em tanques, fora e dentro. Se o casco rompe, os tanques rompem e o diesel vem à superfície", explicou à AFP.
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