Depois de criar vacinas contra a covid-19 em tempo recorde, laboratórios vêm trabalhando se preparam agora para dar mais um passo: testar os imunizantes em bebês, crianças e adolescentes. As empresas americanas Pfizer e a Moderna começaram novas etapas de seus experimentos neste mês e outras já estão no mesmo caminho.
No Brasil, as vacinas contra covid-19 serão dadas apenas em maiores de 18 anos neste primeiro momento, seguindo a ordem dos grupos prioritários. Como crianças e adolescentes não se mostraram os grupos mais vulneráveis
No Brasil, as vacinas contra covid-19 serão dadas apenas em maiores de 18 anos neste primeiro momento, seguindo a ordem dos grupos prioritários. Como crianças e adolescentes não se mostraram os grupos mais vulneráveis
A empresa farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou no dia 25 de março que começou os testes clínicos de sua vacina contra o coronavírus em crianças de 6 meses a 11 anos de idade, um passo crucial para obter permissão de agências reguladoras para começar a vacinar menores de idade e controlar a pandemia. Os primeiros participantes do ensaio clínico já receberam a dose inicial desta vacina, que foi desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech, da Alemanha. Ela já vinha fazendo testes desde outubro em adolescentes a partir de 12 anos.
A empresa de biotecnologia Moderna anunciou que iniciou os ensaios clínicos em menores de 12 anos no dia 16 de março, o que começou para adolescentes entre 12 e 17 anos em dezembro passado. Os estudos vão determinar a segurança do imunizante e a capacidade de gerar respostas imunes nesta faixa etária.
A vacina contra covid-19 da Janssen, da empresa Johnson & Johnson, será testada em bebês e recém-nascidos após testá-la em crianças mais velhas. Ela é a única eficaz até o momento em dose única. Em setembro, a farmacêutica iniciou testes na faixa etária de 12 a 17 anos na Espanha.
A Universidade de Oxford, que desenvolveu a vacina em parceira com a AstraZeneca, anunciou em fevereiro que lançou um estudo para avaliar a segurança e a resposta imune do imunizante em crianças pela primeira vez. No final de março, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que fará um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realização no Brasil de estudo com crianças.
A expectativa é que os ensaios clínicos da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, comecem a partir de junho, primeiramente no grupo de 14 a 17 anos, depois no de 8 a 13 e, por fim, na faixa etária inferior a 8 anos.
Terra