Em seu post mais recente, o jornalista Edivaldo Júnior faz uma análise em seu blog, sobre a atuação conjutura política de Alagoas, e como os grupos políticos têm se articulado para lançar suas candidaturas no próximo pleito.
Confira texto na íntegra:
Em política tudo pode acontecer. Tudo. Ante um vácuo de novas lideranças, já tem gente fazendo planos inesperados para as eleições estaduais de 2022.
Arthur Lira (PP-AL) virou presidente da Câmara dos Deputados e já sinalizou que pretende disputar a reeleição. Deve formar um grupo mais amplo e lançar um candidato a governador. O nome mais forte no PP
O governador também trabalha para ampliar seu grupo, com a filiação de mais prefeitos ao MDB, e vai lançar um candidato ao governo. O plano A era o ex vice-governador Luciano Barbosa, que virou prefeito de Arapiraca. Tem gente que ainda imagina que LB possa ser candidato ao governo. Seria se tivesse ficado na vice, tem dito e repetido Renan Filho em vários discursos desde a eleição de novembro passado.
Fora disso, o governo não teria definido nenhum nome e os bastidores apostam em secretários mais próximos do governador. George Santoro, Alfredo Gaspar de Mendonça, Alexandre Ayres e Rafael Brito estão entre os citados.
Ainda no grupo de Renan Filho dois deputados federais também pleiteiam a vaga de governador e não escondem isso de ninguém: Marx Beltrão (PSD) e Isnaldo Bulhões (MDB).
O grupo do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas também tem seus planos. Marcelo Victor (SD) seria candidato a um mandato tampão, em caso de afastamento de Renan Filho, e disputaria a reeleição. Nessa mesma base também podem concorrer os deputados Paulo Dantas (MDB) e Davi Davino Filho.
O grupo do prefeito de Maceió, JHC (PSB) tem trabalhado com a possibilidade de lançar uma chapa completa, com candidatos ao governo, Senado, estadual e federal. Se mantiver a base restrita ao que está hoje (PDT, PSB e PSDB) tudo aponta para uma candidatura ao governo do atual senador Rodrigo Cunha (PSDB).
Mas dentro do grupo já tem muita gente trabalhando para ampliar a aliança, o que poderia ocorrer com a junção de forças com Arthur Lira ou a Assembleia Legislativa. E nesse caso – anote – o candidato seria ninguém menos que o atual prefeito da capital.
JHC no momento é o nome mais popular do seu grupo. E além disso tem conseguido “conversar” melhor com outras forças políticas.
JHC nunca escondeu de ninguém o desejo de disputar o governo de Alagoas. O momento, na avaliação de muitos, seria favorável. E tem gente aconselhando que ele não deixe passar o “cavalo selado”.
O prefeito não diz sim, nem não. Ao estilo, vai deixar o assunto render. Enquanto isso, vai tentar acertar na gestão de Maceió. Se conseguir uma boa aprovação pelos próximos 12 meses, se manterá como opção e deixará para tomar a decisão em março do próximo ano.
Em São Paulo, João Dória percorreu esse caminho, com sucesso. Se JHC seguir os passos do ex-prefeito paulistano, o vice-prefeito Ronaldo Lessa pode retornar ao comando da prefeitura de Maceió 30 anos depois.
Eleito em 1992 para a prefeitura, Lessa foi o último prefeito da capital a ter longevidade na política, tendo sido governador do Estado por duas vezes.
Lembrando que Rui Palmeira e Cícero Almeida tiveram a mesma oportunidade que surge agora pra JHC e perderam o “bonde”.
Jornal de Alagoas