O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) suspendeu, desde a última quinta-feira (18), as sessões de quimioterapia por falta de máscaras N-95 para a equipe de enfermagem. A paciente Mônica Melo da Silva, que após uma cirurgia para a retirada de um câncer de mama, passou a fazer sessões de quimioterapia a cada 21 dias, contou que foi informada ao chegar na unidade para receber a medicação.
"Quando eu cheguei lá, a enfermeira perguntou se não tinham conseguido entrar em contato comigo. Eu respondi que não, que não tinham entrado em contato comigo e ela disse que depois conversava. Estava eu e outras pessoas para fazer o tratamento. Ela e a equipe de enfermagem avisaram que a gente não ia poder fazer a quimio na sexta porque não tinha máscara para os enfermeiros", relatou Mônica.
Ao tomar conhecimento, a Defensoria Pública da União expediu um ofício cobrando explicações e deu um prazo de 48 horas para que o hospital apresente uma resposta. Além do tratamento de quimioterapia, a falta de máscaras pode comprometer outros setores do hospital.
O Ministério Público do Trabalho informou que já há um inquérito aberto para investigar o fornecimento de equipamentos de proteção individual no Hospital Universitário. Além disso, a instituição já foi notificada para adotar as medidas necessárias para a solução da falta de máscaras.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o hospital, informou que a quimio ficou suspensa por dois dias por causa da dificuldade de aquisição das máscara e que o hospital só conseguiu fazer a compra por meio de um pregão eletrônio na semana passada. "Os pacientes que foram afetados pela suspensão serão contactados para a remarcação da quimioterapia", informou o hospital.
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