A Argentina continua dando lições ao Brasil na aprovação de pautas de interesse popular e mesmo de costumes. Após aprovar a tributação de grandes fortunas, um tema que é tabu no Brasil, agora foi a vez do Congresso aprovar o direito da mulher interromper a gravidez. A votação terminou com 131 votos favoráveis, 117 contra e 6 abstenções. Caberá ao Senado apreciar o texto. A proposta autoriza a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação.
O projeto foi enviado ao Congresso pelo presidente Alberto Fernández, mas recebeu apoio de partidos que não estão na base de governo. Milhares de argentinos passaram a noite ao lado de fora do Congresso e em praças das principais cidades do país à espera do resultado. As que estavam do lado "verde", favorável à legislação, se abraçavam na capital do país, Buenos Aires. Muitas delas choravam de alegria já nos últimos discursos.
Decepcionadas, as mulheres do lado "celeste", contrárias à proposta, se retiraram rapidamente do lugar. Um grupo menor chamou os deputados de "assassinos". Estas, no entanto, terão a opção de não abortar.
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