Apesar de o governo federal ainda não ter apresentado um plano para vacinar a população brasileira contra a covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou nesta sexta-feira (11), que uma campanha de "vacinação em massa" no País custaria cerca de R$ 20 bilhões.
Guedes avaliou que o imunizante é um "sonho" dos brasileiros e garantiu que não faltarão recursos para a compra de vacinas. "A vacinação em massa é algo que garantiria a retomada sustentável do crescimento no ano que vem. O distanciamento social afetou muito o setor de serviços que é o setor com mais dificuldade de voltar", pontuou o ministro.
De acordo com Guedes, não faltarão recursos para a compra das vacinas. "Se em vez de gastarmos R$ 600 bilhões forem R$ 620 bilhões para ter vacinação, é óbvio que isso tem que estar na nossa pauta", completou.
"O gasto primário de combate à pandemia chegou a R$ 599,5 bilhões até agora, equivalentes 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto)", afirmou, em audiência na Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.
Guedes lembrou que apenas o auxílio emergencial foi abastecido com R$ 321 bilhões, mais da metade do gasto extraordinário na pandemia. "Estamos entre 10% a 12% acima da média de gastos dos países avançados e com o dobro dos emergentes", repetiu.
O ministro destacou ainda que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) preservou 11 milhões de empregos, equivalente a um terço do mercado de trabalho formal, com um custo de cerca de R$ 50 bilhões.
"Com 10% na manutenção do emprego e com esses R$ 60 bilhões chegamos ao final do ano com zero perda de empregos. Esse foi um programa bem calibrado. Com 10% dos gastos, preservamos 100% dos empregos formais.", enfatizou.
Para Guedes, 2020 "mostrou o que é a boa política". "O que protegeu o brasileiro foi o foco, a alocação de recursos da boa política. Não foi a indexação, esse fóssil desgraçado", afirmou.
R7