Um dos ramos mais difíceis de se empreender é o de serviços em alimentação. O empresário que se aventura nesse segmento já entra no mês com uma dívida praticamente fixa de aluguel, luz, gás, colaboradores e impostos. Além disso, cada funcionário custa ao proprietário cerca de o dobro que recebe, devido a encargos trabalhistas e impostos. E de onde vem o dinheiro para pagar tudo isso? Da comida. Sendo assim, desperdícios são sempre evitados.
Independentemente do segmento no qual a casa atua, sobrou no prato do cliente, é lixo. Sem discussão. Não é possível fazer qualquer aproveitamento dos itens, além de ser legalmente proibido pela vigilância.
Porém pode ser um fator de alerta para o restaurante. Em sendo a casa que determina as porções (se for bufê ou self-service, teoricamente o que voltou já foi pago pelo cliente), os pratos sempre voltarem com muita comida pode ser um sinal de que vale reduzir a porção e, consequentemente, economizar. Porém deve-se também preocupar-se com a satisfação do cliente, muita comida sobrando no prato pode significar que estava ruim.
Suponhamos que um restaurante serve medalhões de filé, mas na hora da compra sempre optam pela peça inteira, seja ela limpa ou não. O que acontece com os outros pedaços? Se forem partes nobres, são utilizadas em outros pratos. Uma ponta de filé vira um tartare, um picadinho ou ainda um carpaccio.
Se não é utilizável, vira caldo, normalmente (ossos, aparas não comestíveis e outros) e, em último caso, vira refeição dos funcionários também.
Alguns estabelecimentos, como é o caso de redes de hotéis que atuam no Brasil, disponibilizam o mesmo refeitório para todos os colaboradores, inclusive gerências. Isso impede que sejam preparadas apenas sobras para os funcionários.
Metrópoles