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Coronavirus
10/11/2020 16:00:00

Brasil estuda comprar vacina da Pfizer contra covid-19

Mais cedo, porta-voz da farmacêutica afirmou que Ministério da Saúde negocia encomenda do imunizante, que mostrou resultado promissores


Brasil estuda comprar vacina da Pfizer contra covid-19

O Ministério da Saúde afirmou que todas as vacinas contra covid-19 com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas para possível aquisição, inclusive a da Pfizer, após a farmacêutica norte-americana ter anunciado que seu imunizante apresentou eficácia de pelo menos 90% em seus testes.

"O Ministério da Saúde tem trabalhado em diversas frentes para alcançar com agilidade e segurança uma solução efetiva para a cura da covid-19 no Brasil. Todas as vacinas com estudos avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer", disse o ministério em nota.

"Atualmente, o Ministério acompanha cerca de 254 pesquisas, algumas com testes já bem avançados. Todas as apostas necessárias serão feitas para achar uma solução efetiva, em qualidade e quantidade necessárias para imunizar a população brasileira", finalizou.

Mais cedo, um porta-voz da Pfizer no Brasil havia informado que o governo do presidente Jair Bolsonaro mantém negociações com a empresa para comprar a vacina experimental contra a covid-19 da farmacêutica e incluí-la no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

A vacina passa atualmente por testes clínico em estágio avançado no Brasil com 3.100 voluntários nos Estados de São Paulo e da Bahia e seria importada das fábricas da Pfizer nos Estados Unidos e na Europa, disse o porta-voz, sem dar mais detalhes.

Pela manhã, a Pfizer anunciou que sua candidata a vacina mostrou ter eficácia superior a 90%, com base em dados iniciais dos ensaios clínicos em estágio avançado.

A empresa e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o coronavírus.

As empresas disseram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos ainda neste mês.

Contudo, o governo brasileiro vinha apostando na vacina desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com o laboratório da AstraZeneca.

Bolsonaro chegou a vetar um potencial acordo para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina da chinesa da Sinovac, outro imunizante com estudos avançados e produzida no país pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, comandado pelo desafeto dele, João Doria (PSDB).

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que acompanha as notícias em relação à vacina da Pfizer, mas disse ainda não recebeu oficialmente novas informações acerca da eficácia do imunizante.

Cabe ao órgão regulador autorizar estudos e a aprovação de quaisquer vacinas em solo brasileiro.

Coronavac, Oxford, Pfizer: será possível escolher vacina da covid-19? Não. Essa decisão é do Ministério da Saúde. "Essas vacinas não vão estar disponíveis no sistema privado, para que você possa fazer uma escolha. Elas farão parte de um programa que o ministério vai definir", afirma Flávia. Essa deliberação, de acordo com ela depende de inúmero fatores, como disponibilidade, facilidade de distribuição e quando elas estarão prontas. "Em termos de vacinação pública, temos que fazer uma logística bastante detalhada e complexa. O ministério vai ter que pensar qual a melhor forma de vacinar", completa. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,  já afirmou que a vacina contra a covid-19 vai ser acrescentada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), que faz parte do SUS (Sistema Único de Saúde). Ainda de acordo com ele, 30 milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZenca estarão disponíveis no país até janeiro

R7



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