Simples situações de esforço, como espirrar, tossir ou correr, podem resultar na perda involuntária de urina. De acordo com uma pesquisa do IBOPE, cerca de 58% das internautas brasileiras afirmam que já sofreram escape de urina.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) calcula que mais de 10 milhões de brasileiros sofram com o transtorno.
“Existem dois tipos de incontinência: a de esforço, causada por algum tipo de situação, como espirrar, e a de urgência, quando a pessoa precisa sair correndo senão escapa a urina”, explica o uroginecologista e coordenador do Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher da Maternidade Brasília, Marcus Vinícius.
O médico esclarece que a doença é mais comum na população idosa, acima dos 60 anos. Entretanto, pessoas mais jovens também possuem a condição. “Gravidezes, partos vaginais ou instrumentalizados, fatores genéticos, distúrbios de colágeno são alguns dos motivos que podem levar à incontinência urinária”, afirma.
Os tratamentos, de acordo com o uroginecologista, são fisioterapia do assoalho pélvico, cirurgia e medicamentos. “É importante diferenciar o tipo de incontinência da paciente para designar o tratamento mais adequado”, ressalta.
Confira abaixo mitos e verdades sobre a incontinência urinária:
1 – A incontinência urinária só aparece em idades mais avançadas. MITO. Pessoas de qualquer idade e gênero podem ter a doença. A diferença é o grau e o tipo.
2 – Existe tratamento para a incontinência urinária. VERDADE. De acordo com o uroginecologista da Maternidade Brasília, se feitos corretamente, a chance de melhora em pessoas com a condição é de 80%.
3 – É uma doença que acomete apenas mulheres. MITO. Cerca de 15% dos homens brasileiros acima de 40 anos apresentam incontinência urinária, de acordo com a SBU. Porém o número de mulheres acometidas chega a ser três vezes a dos homens.
4 – Atividades físicas aumentam as chances de ter incontinência urinária. DEPENDE. Em quadros mais graves, os exercícios de alto impacto podem contribuir com a condição. Atividades físicas mais leves e fisioterapias podem ajudar a reduzir as chances de desenvolver a incontinência, bem como melhoram os quadros já diagnosticados.
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