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Os Estados Unidos acionarão um controverso procedimento para impor ao Conselho de Segurança da ONU a retomada de todas as sanções internacionais contra o Irã, informou nesta quarta-feira (19) o secretário de Estado, Mike Pompeo.
O presidente Donald Trump havia dito no último sábado que esse mecanismo, conhecido como "sanpback" (recuperar), seria impulsionado nesta semana, mas Pompeo não informou uma data precisa.
"O presidente afirmou claramente que faríamos isso em breve e é isso que iremos fazer", ressaltou o secretário de Estado, em entrevista coletiva em Washington.
O procedimento tem como objetivo restaurar todas as sanções internacionais contra o Irã que foram interrompidas em 2015, após Teerã concordar com o compromisso de não possuir armas nucleares.
Trump considerou o acordo insuficiente, razão pela qual retirou os Estados Unidos do acordo combinado em 2018 e voltou a impor, e até mesmo endureceu, as sanções unilaterais ao Irã.
Os Estados Unidos se apoiam agora em uma interpretação juridicamente contestada. Pompeo pretende reivindicar para os Estados Unidos o status de "participante" desse acordo, apesar de já ter se retirado.
Segundo o acordo de 2015, os Estados "participantes" podem denunciar unilateralmente um signatário por não honrar seus compromissos. Esse procedimento permite que o restabelecimento das sanções ocorra em 30 dias, sem a possibilidade de veto de outros parceiros - como China ou Rússia.
Ainda assim, quase todos os outros membros do Conselho de Segurança, incluindo os aliados europeus de Washington, contestam essa interpretação e provavelmente não concordarão em restabelecer as medidas punitivas.
"Temos expectativas de que todos os países perceberão que é de seu próprio interesse respeitar a resolução do Conselho de Segurança", destacou Pompeo.
"Esperamos que todos os países do mundo respeitem suas obrigações, incluindo os 5 P", termo usado para os membros permanentes do Conselho que possuem poder de veto (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido).
Msn
