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06/07/2007 00:00:00

União dos Palmares


União dos Palmares

No inicio desta sexta-feira (06), populares residentes na rua Antonio Arecipo no centro de União dos Palmares procuraram a secretária municipal de saúde, odontologa Rosário Pedrosa e denunciaram a existência de centenas de caramujos (inicialmente identificados como africanos) que invadiram quintais e residências, se juntado a epidemia que já toma conta da cidade de Porto Calvo e alguns bairros de Maceió.

 

Uma reunião de emergência foi marcada pela secretária com a Vigilância Sanitária e órgãos da epidemiologia municipal, e no inicio da noite alguns “guardas sanitários” visitaram quintas das residências constatando a existência do animal, recolheram amostras e retornaram a secretaria.

 

Doutora Rosário disse à imprensa que no inicio da semana vindoura deslocará uma equipe de sua secretaria ao Centro de Zoonoses em Maceió e buscará auxilio, na “tentativa de erradicar o mal antes que se espalhe”. Porém, antes mesmo de serem tomadas as primeiras providencias, novas denuncias chegaram de moradores dos bairros da Cohab, Loteamento Santa Maria Madalena e ruas adjacentes, levando as autoridades de saúde a estado de alerta e acreditar trata-se de um surto do animal que pode contaminar seres humanos. Uma residência suspeita de ser o foco na rua onde inicialmente foi constatada a presença dos caramujos encontra-se fechada, estando a vigilância sanitária tentando encontrar seus proprietários, porém esta noticia ainda não está confirmada.

 

O molusco pequeno e aparentemente inofensivo se tornou um risco à população de Alagoas. Além da possibilidade de transmitir doenças, o animal se procria de forma rápida, o que faz com que vire uma praga nas casas e até plantações. As informações são do parasitologista Alfredo Dacal, que notificou a presença do animal em Alagoas há cerca de dois anos.

De acordo com Alfredo Dacal, o caramujo achatina, de origem africana, foi trazido para o Brasil há alguns anos, para que fosse criado e vendido a restaurantes, onde seria servido como escargot.

“Há um valor nutricional no molusco, e até um colega meu iniciou uma criação, aqui em Alagoas, mas não há mercado, por isso os criadores desistiram”, afirmou Dacal.

Com o abandono dos criadores, o molusco – que é hermafrodita e se reproduz dentro da terra – rapidamente procriou e agora pode ser encontrado em vários bairros de Maceió, como Tabuleiro do Martins, Clima Bom, Pitanguinha e Cambona, principalmente em locais úmidos e depois de períodos chuvosos.

“Nesse molusco criado solto, há o risco de ele estar infectado por parasitas e, assim, contaminar a população. Caso isso aconteça, as pessoas podem ter lesões intestinais ou ainda lesões no sistema nervoso, mas essa última nunca foi diagnosticada no Brasil. A população deve saber disso, para que não fique aterrorizada pelo animal”, contou.

Praga

Além do risco de transmitir doenças, a presença do caramujo ainda traz outro malefício à população. Segundo o parasitologista Alfredo Dacal, o molusco é um sério risco às hortas e plantações.

“Ele come tudo - planta, isopor, papel – e como se procria rápido, a presença dele deve se expandir no Estado, principalmente na região da mata, por ter umidade e chuva”, afirmou Dacal.

Para matar o animal, é necessário pegá-lo com um plástico e ferver ou queimar, para depois enterrar o caramujo, a fim de matar também as larvas.

Em caso de aparecimento de muitos caramujos, as pessoas devem ligar para o Centro de Controle de Zoonoses, pelos números 3315-5460 ou 3315-5466, para que profissionais se dirijam ao local, identifiquem o animal e façam a coleta.

 

Da Editoria  - Antonio Aragão e www.alagoas24horas.com.br // Elaine Rodrigues

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