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06/07/2007 00:00:00

Interior


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A situação dos carros em Pilar foi uma das irregularidades denunciadas nesta sexta-feira, pelo prefeito em exercício do município, Oziel Barros, que está há 22 dias à frente da administração.

De acordo com o prefeito - que é presidente da Câmara de Vereadores -, além da constatação de que a gasolina era desviada, já que um carro não poderia fazer, em condições normais, 1,5 km por litro, a nova administração encontrou também falta de merenda, atraso no pagamento dos fornecedores e comerciantes, e até falta de medicamentos nos postos de saúde.

“Encontramos o débito de R$ 400 mil, com o comércio local, que vamos pagar nos próximos meses. No caso do combustível, foi um desmantelo, não é possível um carro gastar tanta gasolina e andar tão pouco”, afirmou Oziel.

A prefeitura ainda tem um débito de R$ 70 mil com os fornecedores de merenda e, para garantir a alimentação dos estudantes e os medicamentos, foi dada entrada na compra emergencial para os próximos três meses.

Auditoria

Para verificar indícios de outras irregularidades, a prefeitura iniciou uma auditoria – a começar pela Secretaria de Saúde – que o prefeito espera concluir em menos de dois meses.

Além dessa auditoria, a Câmara de Vereadores está investigando denúncias do Ministério Público, que afastaram o prefeito Marçal Prado e acusaram outras 17 pessoas de participar do desvio de cerca de R$ 3 milhões, o que equivale a renda mensal do município.

“Sobre isso prefiro não falar. A Câmara ainda está investigando o caso. Na prefeitura, estamos começando uma auditoria”, explicou Oziel Barros.

Outra medida tomada por ele foi a rescisão do contrato da empresa Fundagep com as secretarias de Saúde, Transporte e Educação, o que trará uma economia de cerca de R$ 300 mil.

“É a empresa que cuida de transporte e lixo. A gente tem que aplicar o dinheiro público de maneira correta”, finalizou o prefeito.

Defesa

O prefeito afastado de Pilar, Marçal Prado, confirmou que soube de desvio de combustível quando estava à frente do município. "Alguns motoristas já tinham sido notificados, mas isso é coisa que pode acontecer", afirmou.

Em relação aos débitos, inclusive à falta de merenda e medicamentos, Marçal Prado afirmou que ficou impossibilitado de quitar as dívidas porque o Ministério Público havia pegado todos os documentos da prefeitura de Pilar. Outro empecilho foi a burocracia e a demora, nos processos de licitações.

"Não sou político, sou médico e sempre procurei fazer as coisas corretas. Em dois anos, construi seis unidades de saúde e várias obras", explicou, lembrando que estava pela primeira vez assumindo o mandato de prefeito, mas já foi vice-prefeito e secretário de Saúde.

Prado ainda garantiu que está com recursos na Justiça, para poder retornar ao cargo. "Não houve desvio de dinheiro, isso foi fantasia criada pelos políticos. Se há erros, foram erros de licitação, que podem ser apurado para que sejam punidos os responsáveis", finalizou.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Elaine Rodrigues



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