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06/07/2007 00:00:00

Polícia


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O presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Alagoas e Delegado Regional de União dos Palmares, Antônio Carlos Lessa, em entrevista ao programa Ministério do Povo, da Rádio Gazeta, fez duras críticas ao afastamento do delegado Claudemiltkson Benemarkan, titular do 8° Distrito Policial, de onde na última quarta-feira nove presos foram resgatados por 12 homens armados.

Segundo Lessa, a associação irá emitir nota de solidariedade ao delegado, que teve sua conduta elogiada pelos 20 anos de serviços prestados à instituição. O presidente Adepol destacou, ainda, a falta de estrutura em todas as delegacias do Estado, o que na sua avaliação favorece ações "afrontosas" à Polícia Civil como a ocorrida no 8º DP.

“Não há corporativismo nessa questão. Queremos a apuração do caso, mas não aceitamos a condenação antecipada dos delegados e dos policiais”, afirma Lessa.

O delegado declarou que a Adepol pretende orientar os delegados no sentido de enviar ofício aos juízes para solicitar a transferência imediata de todos os presos que estão em delegacias para a Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião.

Lessa denunciou que a maioria das investigações sob a responsabilidade da Polícia Civil se encontram paralisadas, pois os policiais são obrigados a cuidar e vigiar os presos, atribuição que não caberia à polícia judiciária.

Ainda na manhã de hoje, em solenidade que marcou a passagem dos 30 anos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o secretário de Defesa Social, general Sá Rocha, afirmou que o afastamento do delegado do 8º Distrito, Claudemiltkson Benemarkan, é uma medida administrativa necessária e não uma punição.

Sá Rocha afirmou que todas as medidas estão sendo adotadas para esclarecer se há conluio ou negligência por parte dos policiais civis. O secretário relembrou que foi realizada uma reunião no começo da noite de ontem, com todos os delegados de Maceió e da região metropolitana, para exigir que todos adotem com rigor os procedimentos da Polícia Civil.

Sobre o desvio de função, no que diz respeito a vigiar presos, Sá Rocha afirmou que a “realidade é essa e que a Polícia Civil terá que seguir com o ônus, uma vez que a resolução não vem de bate-pronto”, disse.

Quanto às declarações do juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, que afirmou existir em Alagoas um grupo de extermínio composto por policiais, Sá Rocha declarou que o juiz não disse nenhuma “aberração” e que todas as hipóteses serão investigadas.



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