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05/07/2007 00:00:00

Política


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O processo no Conselho de Ética do Senado contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), levará, pelo menos, mais 45 dias. A estimativa foi feita nesta quinta-feira (5) na reunião entre a comissão de relatores do caso e o presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO).

 "Acredito que poderemos terminar tudo em, aproximadamente, 45 dias", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do processo.

O prazo inclui, entre outras coisas, a conclusão da perícia da Polícia Federal nos documentos apresentados por Renan, a sua defesa e a votação do relatório final sobre as acusações de que ele recebeu ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

Esses 45 dias podem se prolongar caso a cassação do mandato de Renan seja aprovada no conselho. Neste caso, por exemplo, o processo ainda seria levado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, somente depois, iria a plenário.

 O futuro de Renan seria decidido então apenas em setembro, a tempo de ele tentar retomar o prestígio político dentro do Senado. 

Perguntas

Na reunião desta quinta, Casagrande, Quintanilha e a senadora Marisa Serrano (PMDB-MS), outra relatora do processo, decidiram abrir um prazo até terça-feira (10) para Renan e o PSOL, autor do pedido de processo, apresentarem uma lista de perguntas para a perícia da PF.

Na segunda, o conselho dará ao presidente do Senado mais cinco dias para entregar novos documentos destinados à análise da polícia. O conselho estima que a PF comece a periciar os papéis a partir do dia 16 de julho.

O diretor-geral da polícia, Paulo Lacerda, já avisou que precisa de 20 dias para concluir a avaliação dos documentos do senador. Desse modo, a perícia terminaria no fim da primeira semana de agosto.

Segundo Casagrande, Renan teria, então, cinco dias a partir daí para ter conhecimento do resultado da análise da PF e apresentar sua defesa por escrito, ou pessoalmente ao Conselho de Ética. "Depois disso, vamos nos reunir e fazer o relatório", disse Casagrande.

A apresentação desse relatório ficaria para meados de agosto. Caso algum senador peça vistas (mais tempo para analisar) da conclusão da investigação, a votação ficaria somente para o fim de agosto.

"Nosso objetivo é dar celeridade, mas dar o amplo direito de defesa", disse Casagrande. O terceiro relator, Almeida Lima (PMDB-SE), não participou das reunião desta quinta por motivos de saúde.

 "Inverti o ônus"

Nesta quinta, Renan não quis confirmar quando entregará novos documentos para perícia da PF e voltou a repetir que é inocente. "Em nenhum momento, eu pedi o direito de presunção da inocência. Eu inverti o ônus da prova. Em algum momento, tudo aparecerá.

Estão aqui todas as provas", afirmou, mostrando para as câmeras de televisão um conjunto de documentos intitulado "A defesa do senador Renan Calheiros, um dossiê ignorado". "A minha defesa está aqui, nesse dossiê ignorado. Isso vai demonstrar, onde quer que seja, no conselho (de ética), no plenário, que eu estou com razão", afirmou.

Fonte G1 // Leandro Colon



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