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05/07/2007 00:00:00

Saúde


Saúde

O Estado de Alagoas registrou em 2007 mais de 3 mil casos de dengue, mais que o dobro do ano passado, quando foram notificados 1800, referentes ao período de janeiro a junho. Apesar do número alarmante, a Secretaria Executiva de Saúde tranqüiliza a população de que não se trata de uma epidemia.

De acordo com a coordenadora interina do setor de Controle de Dengue, Isolda Wanderley, não há ainda motivos para pensar em uma epidemia, já que no ano de 2002 foram registrados cerca de 11 mil casos de dengue em Alagoas. “O que nos preocupa enquanto Secretaria de Saúde, além dos aumentos dos casos clássicos é o aumento significativo das formas graves, que é o caso da dengue hemorrágica”, disse Isolda.

Os dados da Secretaria colhidos semanalmente, através do serviço de busca ativa, dão conta de que somente neste ano foram registrados 85 casos de dengue hemorrágica. Destes, dez foram confirmados, 58 estão sob investigação no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e um caso de óbito.

A coordenadora explica que a atualização semanal dos casos de infestação da doença, tanto na capital quanto no interior, tem possibilitado o controle e combate maior da doença. “Os dados mostram essa realidade. No ano passado, tivemos 299 notificações de dengue hemorrágica. E graças ao acompanhamento da Secretaria, 27 casos foram confirmados e tratados”, ressalta.

Um fato interessante sobre os casos de dengue hemorrágica é que grande parte dos pacientes acometidos pela doença sofrem com seqüelas, como a dificuldade de locomoção. Por estes e outros motivos, a Sesau orienta que aos primeiros sintomas, os pacientes procurem uma unidade de saúde e não esqueçam de fazer a limpeza correta das residências.

Fumacê

Diferente do que a população imagina, não é o carro fumacê, o responsável pelo combate à doença, mas as ações preventivas. Atualmente, a Sesau dispõe de uma frota de 98 carro do veneno, mas o serviço está suspenso, por determinação do Ministério da Saúde, que impediu a utilização do inseticida.

“É importante situar a população de que o inseticida não combate o mosquito de pronto por que não possui efeito residual. Ele só mata o mosquito se atingi-lo quando é lançado no ar, caso contrário, o mosquito permanece vivo. Por isso também, o veneno é utilizado apenas em última instância, como último recurso, afinal, o efeito sobre outras criaturas do ecossistema é fatal”, afirma Isolda Wanderley.

Ações preventivas

O melhor remédio contra a dengue ainda é a prevenção. “A população precisa saber que somente a parceria entre as três esferas de Governo e a sociedade pode combater este vilão que é extremamente democrático, acomete todas as classes sociais e idades”, disse.

“O que mais nos perguntamos é, por que todo mundo já sabe o que fazer para combater o mosquito e não faz? Acredito que seja uma questão cultural um agente de saúde precisar entrar nas residências para realizar ações que devem ser feitas pelos donos da casa”, completa Wanderley.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Danielle Silva



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