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21/12/2019 23:59:00

Prisão do prefeito de Maribondo (AL) pode levar a cassação de mandato


Prisão do prefeito de Maribondo (AL) pode levar a cassação de mandato

A nova prisão do prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PRB), pode levar a abertura de um processo que pode cassar o seu mandato. O gestor foi preso, na tarde desta sexta-feira (20) num bar, em Arapiraca, e com ele a Polícia Civil (PC) encontrou uma pistola e um quilo (1kg) de cocaína pura, avaliada em cerca de R$ 50 mil. Pedrosa estava na companhia de uma mulher e assessores, mas apenas ele foi preso.

A presidência da Câmara Municipal ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas boa parte dos edis já trabalha com a possibilidade de afastamento do prefeito do cargo e eventual pedido de cassação de mandato pela sequência de crimes que tem levado o chefe do Executivo Municipal à prisão. O presidente da Casa de Leis, Hugo Ribeiro (SD), não foi localizado para comentar o assunto.

Em cumprimento ao mandado de prisão, o prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PRB), foi preso no final da tarde desta sexta-feira em um bar localizado no bairro Brasília, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. Ele é acusado de homicídio contra o corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, crime ocorrido em 2015 em São Miguel dos Campos, na Zona da Mata do Estado.

Um familiar da vítima, que não quis ser identificado, disse que agora se sente aliviado por saber que o acusado pela morte de seu parente foi preso pela polícia alagoana. Ele disse que era uma sensação de impunidade. A prisão foi efetuada pelo delegado João Marcello Almeida que confirmou que o prefeito estava usando tornozeleira eletrônica (por outro crime) ao ser encaminhado para a Central de Polícia, em Arapiraca.

Segundo a Polícia Civil (PC), após darem voz de prisão e efetuarem revista no veículo do prefeito, os agentes encontram uma pistola. Em seguida os agentes cumpriram mandado de busca na fazenda do gestor, em Maribondo, onde foi localizado um quilo de cocaína pura, avaliada em R$ 50 mil, além de documentos, entre eles, inúmeros cadastros de eleitores.

Leopoldo Pedrosa foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, devido a quantidade do entorpecente que configura este crime. Ele já tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo, embriaguez ao volante, por portar documento falso, além de violência doméstica contra a ex-esposa e ameaça contra a mãe dela, Rosineide de Oliveira Vasconcelos.

O prefeito chegou a ser preso em 2017 com base na Lei Maria da Penha, mas foi libertado após quatro meses após decisão, por maioria dos votos, do Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), que revogou a prisão do gestor e a substituiu pela aplicação de medidas alternativas. Por esse motivo, era monitorado e usava uma tornozeleira eletrônica.

Um acordo para as eleições de 2018 teria sido feito para livrar o político da prisão. Naquele ano, seis desembargadores votaram para revogar a prisão do prefeito: o juiz convocado Maurílio Ferraz, Tutmés Airan, José Carlos Malta Marques, Fernando Tourinho, Sebastião Costa Filho e Pedro Augusto Mendonça. E cinco votaram para manter a prisão preventiva do gestor: João Luiz Azevedo Lessa, Elisabeth Carvalho, Paulo Lima, Fábio Bittencourt e Domingos Lima Neto.

Paulo Marcello - Já é Notícia 



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