Quem passa pela rodovia BR-316, no trecho que corta o centro da cidade de Maribondo, distante 87 quilômetros de Maceió, vê um dos monumentos do desperdício do dinheiro público do governo Renan Filho (MDB) na área da segurança pública. O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), com suas paredes que parecem “de papelão” (madeira prensada), custou R$ 1,8 milhão e está pronto, o governador prometeu inaugurá- lo no início deste ano e já remarcou quatro vezes.
O local permanece fechado e por tempo indeterminado. Enquanto isso, a Delegacia da Polícia Civil funciona numa casa velha, na rua José de Oliveira Ramos, no centro da cidade, perto da prefeitura. Há cinco anos, o imóvel espera por reparos e reformas. Os alojamentos e a mobília são velhos, no terreno do imóvel funciona um depósito de carros velhos apreendidos e aguardando decisão da Justiça. Para ajudar na segurança da população e fazer os inquéritos dos crimes [o maior volume são casos de roubos e furtos] que se multiplicam e assustam a maioria dos 13.264 habitantes, a delegacia conta com o efetivo de 10 policiais civis, incluindo o carcereiro, o escrivão, dois atendentes e o delegado que assiste também os 3 mil moradores da cidade vizinha de Pindoba.
Sem servidores suficientes, a maioria dos 45 inquéritos abertos, este ano, anda lentamente. Os casos dos anos interiores, a maioria, permanece parado. A prioridade é esclarecer os casos de homicídios. Mas tudo esbarra também na lentidão dos laudos da Perícia Oficial, que por sua vez também precisa aumentar o efetivo a fim de atender a demanda das 143 delegacias e 26 Cisps, que estão com milhares de inquéritos em tramitação ou parados.
SURPRESOS
Os policiais daquela região ficaram surpresos quando o governador Renan Filho, no dia 11 de maio do ano passado, esteve na cidade e anunciou numa solenidade pública a construção do novo Cisp, no terreno doado pelo prefeito Leopoldo Pedrosa (PRB). A obra contou com investimento estadual de R$ 1,8 milhão. “Com a metade desse dinheiro dava para construir uma nova delegacia moderna e em condições de abrigar inclusive os colegas da Polícia Militar, já que o nosso imóvel é da própria Segurança Pública”, disse um policial ao confirmar que “as paredes do novo Cisp são de madeira prensada, não são seguras e não conseguem barrar tiros de fuzis”.
Ele lembrou que o prédio fica às margens da BR-316. A poucos metros da delegacia, também no centro da cidade, funciona em condições precárias a 2ª Companhia do 10º Batalhão da Polícia Militar (2ª Cia do 10º BPM). Diariamente, tem apenas três militares que contam com uma viatura para as rondas diárias. O carro regularmente apresenta problemas mecânicos. Os militares sonham com a mudança para o novo prédio da Cisp na esperança de conseguirem alojamentos dignos, melhores condições de trabalho e aumento do efetivo. A mobília da 2ª Cia é velha, o sofá da recepção está rasgado nas laterais, por isso está sempre fechada e geralmente fica um PM de plantão do atendimento.
Os PMs confirmaram que nos últimos 10 meses já foram anunciadas quatro datas diferentes para a inauguração do Centro Integrado de Maribondo. “Ninguém sabe quando ele [o Cisp] será inaugurado. Depende da agenda do governador”, disse um policial ao revelar que o novo prédio, quando estiver em funcionamento, terá alojamento melhor e equipamentos modernos.
Nos bastidores da polícia regional, os comentários dão conta que o Cisp desta cidade será inaugurado depois do concurso para policiais civis e delegados. O concurso permanece sem data definida pela Secretaria Estadual de Planejamento (Seplag). No governo, ninguém confirma as informações dos policiais e também não revelam a data da inauguração do prédio. Já os políticos da cidade acham que o Centro Integrado será inaugurado no próximo ano, perto do período eleitoral - em 2020 tem eleições municipais. Na prefeitura ninguém confirma a informação..
Gazeta de Alagoas
O local permanece fechado e por tempo indeterminado. Enquanto isso, a Delegacia da Polícia Civil funciona numa casa velha, na rua José de Oliveira Ramos, no centro da cidade, perto da prefeitura. Há cinco anos, o imóvel espera por reparos e reformas. Os alojamentos e a mobília são velhos, no terreno do imóvel funciona um depósito de carros velhos apreendidos e aguardando decisão da Justiça. Para ajudar na segurança da população e fazer os inquéritos dos crimes [o maior volume são casos de roubos e furtos] que se multiplicam e assustam a maioria dos 13.264 habitantes, a delegacia conta com o efetivo de 10 policiais civis, incluindo o carcereiro, o escrivão, dois atendentes e o delegado que assiste também os 3 mil moradores da cidade vizinha de Pindoba.
Sem servidores suficientes, a maioria dos 45 inquéritos abertos, este ano, anda lentamente. Os casos dos anos interiores, a maioria, permanece parado. A prioridade é esclarecer os casos de homicídios. Mas tudo esbarra também na lentidão dos laudos da Perícia Oficial, que por sua vez também precisa aumentar o efetivo a fim de atender a demanda das 143 delegacias e 26 Cisps, que estão com milhares de inquéritos em tramitação ou parados.
SURPRESOS
Os policiais daquela região ficaram surpresos quando o governador Renan Filho, no dia 11 de maio do ano passado, esteve na cidade e anunciou numa solenidade pública a construção do novo Cisp, no terreno doado pelo prefeito Leopoldo Pedrosa (PRB). A obra contou com investimento estadual de R$ 1,8 milhão. “Com a metade desse dinheiro dava para construir uma nova delegacia moderna e em condições de abrigar inclusive os colegas da Polícia Militar, já que o nosso imóvel é da própria Segurança Pública”, disse um policial ao confirmar que “as paredes do novo Cisp são de madeira prensada, não são seguras e não conseguem barrar tiros de fuzis”.
Ele lembrou que o prédio fica às margens da BR-316. A poucos metros da delegacia, também no centro da cidade, funciona em condições precárias a 2ª Companhia do 10º Batalhão da Polícia Militar (2ª Cia do 10º BPM). Diariamente, tem apenas três militares que contam com uma viatura para as rondas diárias. O carro regularmente apresenta problemas mecânicos. Os militares sonham com a mudança para o novo prédio da Cisp na esperança de conseguirem alojamentos dignos, melhores condições de trabalho e aumento do efetivo. A mobília da 2ª Cia é velha, o sofá da recepção está rasgado nas laterais, por isso está sempre fechada e geralmente fica um PM de plantão do atendimento.
Os PMs confirmaram que nos últimos 10 meses já foram anunciadas quatro datas diferentes para a inauguração do Centro Integrado de Maribondo. “Ninguém sabe quando ele [o Cisp] será inaugurado. Depende da agenda do governador”, disse um policial ao revelar que o novo prédio, quando estiver em funcionamento, terá alojamento melhor e equipamentos modernos.
Nos bastidores da polícia regional, os comentários dão conta que o Cisp desta cidade será inaugurado depois do concurso para policiais civis e delegados. O concurso permanece sem data definida pela Secretaria Estadual de Planejamento (Seplag). No governo, ninguém confirma as informações dos policiais e também não revelam a data da inauguração do prédio. Já os políticos da cidade acham que o Centro Integrado será inaugurado no próximo ano, perto do período eleitoral - em 2020 tem eleições municipais. Na prefeitura ninguém confirma a informação..
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Minuto Nordeste