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03/07/2007 00:00:00

Polícia


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Quatro feridos. Este foi o saldo da primeira rebelião registrada no presídio Rubens Quintella após ter sua interdição decretada pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu.

Na manhã de hoje, por volta das 8h, os 238 reeducandos que ainda se encontram lotados naquela unidade prisional promoveram uma rebelião alegando apenas que a cadeia estaria muito quieta.

Na ação, o grupo de reeducandos fez dois presos como reféns e promoveram uma sessão de tortura, com espancamentos e perfurações de faca e espeto. Como de rotina, tentam justificar a escolha das quatro vítimas alegando desavença entre eles.

Foram vítimas das agressões os reeducandos Fábio Júnior Canuto, 22 anos, Marcelo Firmino e Silva, 20, Cláudio Gonçalves Pereira de Melo, 27, e Edmilson José da Silva, 20.

Fábio Canuto foi o mais agredido pelos reeducandos, uma vez que sofreu perfurações em diversas partes do corpo. Ele chegou a ser submetido à cirurgia e – segundo a assessoria da Unidade de Emergência Doutor Armando Lages – não corre risco de morte.

O reeducando Edmilson também chegou a sofrer perfurações de espeto no braço, foi atendido e não corre também risco de morte. Já Cláudio Gonçalves e Marcelo Firmino apresentaram hematomas, oriundos de espancamento.

Os três últimos reeducandos já retornaram para a unidade prisional. Apenas Edmilson teve que ser levado ainda em uma maca, pelo fato de estar muito debilitado pelo grande número de perfurações pelo corpo, alguns deles na cabeça. Já Fábio Canuto vai permanecer internado para observação.

De acordo com o diretor do presídio Rubens Quintella, capitão Roberto Goulart, a rebelião durou pouco mais de uma hora e, após contornada, os presos alegaram como motivo para a ação a falta de assistência do Judiciário.

“Eles reclamaram da falta de revisão processual e disseram ainda que a cadeia estava muito quieta e não permitiam isso. Durante a revista, encontramos espetos e barras de ferro que, possivelmente, foram utilizadas para promover o espancamento”, explicou Goulart.

Interdição

O Presídio Rubens Quintella, antigo São Leonardo, existe há 42 anos e foi a primeira unidade construída no Complexo Prisional do Estado. O prédio chegou a ser reformado e reinaugurado com novo nome em 2005. Em novembro do mesmo ano, o presídio passou por sua pior fase, com sucessivas rebeliões, o que acarretou na depredação do prédio.

Atualmente, os 238 reeducandos convivem livremente entre os módulos. Devido a falta de estrutura, a unidade prisional foi interditada pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu no dia 30 de maio, atendendo pedido do promotor de Justiça, Flávio Gomes, que atestou falta de estrutura física, de higiene e insalubridade.

A proposta de interdição havia sido levantada pelo superintendente de Administração Penitenciária, tenente-coronel Luiz Bugarin, durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Bugarin alegou, além da inexistência de condições humanas para funcionamento, que o presídio apresenta grandes danos na estrutura física que compromete a segurança dos presos e funcionários.

O Governo de Alagoas tem até o dia 30 de setembro para desativar totalmente o Rubens Quintella. Uma das propostas cogitadas pelo juiz Marcelo Tadeu para a transferência de todos os presos – até que um novo presídio seja construído – foi a relocação dos reeducandos do Baldomero Cavalcanti para o presídio Cyridião Durval e a transferência dos presos do Cyridião e Rubens Quintella para o prédio do Baldomero.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br

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