O ministro Abdulaziz bin Salman explicou ainda que as explosões "também interromperam a produção do gás associado estimado em 2.000 milhões de pés cúbicos por dia", o que reduzirá o fornecimento de etano e de gás natural no país até cerca de 50%.
Um ataque com drones já reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis provocou hoje incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco, no leste da Arábia Saudita.
O ataque de drones atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vulnerável para o fornecimento global de energia.
O enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffith, reagiu hoje com "extrema preocupação" aos ataques com drones contra as refinarias sauditas.
"O enviado especial da ONU para o Iémen está extremamente assustado pelos ataques reivindicados por Ansar Allá contra duas importantes petrolíferas do Reino da Arábia Saudita. A escalada militar é extremamente preocupante", afirmou Griffiths, num curto comunicado.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, conversou hoje com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad Bin Salman, "para oferecer [o] seu apoio", após os ataques contra as instalações de petróleo.
A Casa Branca afirma, em comunicado, que "os Estados Unidos condenam fortemente o ataque de hoje a infraestruturas críticas de energia".
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, culpou hoje o Irão pelos ataques com drones contra a infraestrutura de petróleo da Arábia Saudita e exortou todas as nações a "condenar os ataques".
O ataque perpetrado com drones provocou incêndios em duas instalações petrolíferas da Aramco situadas em Abqaiq e Khurais.
"Às 04:00 locais (02:00 em Lisboa) equipas de segurança da Aramco intervieram para apagar incêndios em duas instalações", indicou o Ministério do Interior saudita, maior exportador mundial de petróleo.
"Os dois incêndios foram apagados", adianta o ministério, sem precisar a origem dos drones nem se houve vítimas ou suspensão das operações.
O ministério disse ainda que está a proceder a investigações.
Os Huthis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen em guerra desde 2015.