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Polícia
15/09/2019 19:15:00

Pais denunciam agressões a criança de 4 anos em creche de Arapiraca


Pais denunciam agressões a criança de 4 anos em creche de Arapiraca

Pais de uma menina de quatro anos, matriculada no Centro de Educação Infantil Dr. Geraldo Silva, situada no bairro Canafístula, em Arapiraca, estão acusando a unidade de ensino de maus tratos à criança. De acordo com a denúncia dos responsáveis, a menina não apresentava nenhum machucado aparente na pele, e quando voltou para casa, apresentava diversos ferimentos.

O NN1 conversou com Zilma Maria da Silva, mãe da criança. Confira o relato completo: 

“Foi a primeira vez que aconteceu isso, é o primeiro ano dela na creche. Ontem de manhã (12/09), arrumei ela normalmente e levei para a creche, e ela estava vestindo a farda (camiseta e shorts), nenhum hematoma aparecia na pele à mostra. Na porta da escola, encontrei com minha cunhada e a professora dela, e elas também não viram nada de errado; ela entrou normalmente.
 
Pelas 10h30, eu recebi uma ligação da minha cunhada, perguntando o que estava acontecendo com a [criança]; disse que recebeu uma ligação da professora da menina perguntando por umas manchinhas que estavam aparecendo no corpo dela. Como a professora liga para a minha cunhada e não para mim nem para o pai dela?
 
Então eu liguei para meu marido, para que ele fosse buscar [a criança] assim que possível. Quando ele chegou lá, ela estava cheia de hematomas. Cheguei em casa, dei um banho nela e levamos para o Hospital Regional. Lá, disseram que foi agressão, mas que lá não podiam fazer nada. Fomos para o Hospital de Emergência, e um médico analisou ela, e também falou que era um caso de agressão. A assistente social do HE acionou o Conselho Tutelar, mas eles não foram atender porque não tinham combustível. Ficaram de vir na minha casa, mas não ligaram, e não vieram ainda. Hoje de manhã (13/09), fomos com o advogado para a delegacia, e depois fomos ao IML fazer o exame de corpo de delito”. 

A mãe da menina conta ainda que não pretende deixar a criança voltar ao local.“Ela não vai mais para lá. Quando a gente passou pela creche hoje, ela ficou chorando no carro, pedindo para sair dali, e chamando pelo nome da avó. Quando a gente pergunta a ela o que aconteceu, ela diz que não sabe”, relatou.
 
O NN1 conversou ainda com o advogado da família, Ailton Santos, que informou que os procedimentos necessários para a denúncia na Polícia Civil ainda estão em curso. “Na escola, ninguém sabe informar o que aconteceu. Nós fomos à delegacia, mas não foi possível fazer o Boletim de Ocorrência porque o laudo do IML só sai com 15 dias. Mas, pelo o que falou o perito, realmente foram agressões físicas, não foi acidente. Queremos que as autoridades competentes façam algo a respeito, porque até o Conselho Tutelar foi uma vergonha, que nem compareceu ao local para dar assistência à criança por falta de combustível”, contou Ailton.
 

O que diz a Secretaria de Educação
 
Em contato com o portal NN1, o secretário municipal de educação, Janeo Melanias, afirmou que ainda está tomando conhecimento do caso. Ele fez questão de frisar que na próxima terça-feira (17/09) estará abrindo um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades pelo caso. Janeo afirmou ainda que é inadmissível que casos como esses ocorram num ambiente que tem o dever de proporcionar cuidado e proteção à criança. “Estou determinando que no próximo primeiro dia útil seja aberto inquérito administrativo para apurar o caso. A secretaria de educação não compactua com nenhuma conduta irresponsável de nenhum colaborador”, disse por telefone.

Emergência 190



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