Os cigarros eletrônicos, ou vapers, são conhecidos por serem menos prejudiciais à saúde do que um cigarro tradicional.
Os e-cigarettes surgiram como uma opção para quem luta contra os efeitos do tabagismo, já que geralmente são alimentados apenas vapores de nicotina, e retiram outras substâncias que estão presentes no cigarro comum.
Contudo, o uso tem se tornado cada vez mais frequente entre os mais jovens, especialmente por conta das essências adocicadas que mascaram o sabor do tabaco, além do seu design bem moderninho que se assemelha a um USB.
Porém, ser menos prejudicial não quer dizer que eles são isentos de ameaças ao nosso organismo.
Uma pesquisa recente realizada na Universidade da Califórnia atrelou o consumo desses produtos a mudanças nas funções cerebrais e envelhecimento precoce do organismo.
O estudo adverte que a fumaça de dispositivos à base de nicotina pode desencadear estresse em células-tronco neurais, que desempenham um papel importante no corpo.
De acordo com os pesquisadores, as células danificadas podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas.
“Mesmo a exposição a curto prazo pode estressar as células de uma forma que pode levar, com o uso crônico, a morte celular ou doença”, explicou a pesquisadora Atena Zahedi, uma das autoras do estudo.
Segundo ela, os jovens e as mulheres grávidas têm maior risco de sofrerem com os efeitos do uso de cigarros eletrônicos, já que a exposição aos altos níveis de nicotina pode prejudicar a memória, a aprendizagem e a cognição.
No Brasil, a comercialização e a propaganda desse tipo de produto é proibida desde 2009. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), faltam pesquisas e dados que comprovem a segurança dos cigarros eletrônicos e os seus efeitos a longo prazo.