com G1, em Brasília
O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, informou nesta segunda-feira (20) que o aumento do salário mínimo em R$ 41,5, para R$ 506,50, previsto para janeiro do próximo ano, com pagamento em fevereiro de 2010, deverá ter um impacto de R$ 7,2 bilhões nas despesas com o pagamento de benefícios previdenciários no ano que vem.
"Quando houve a negociação com as centrais sindicais em 2006 [sobre o formato do aumento do salário mínimo nos próximos anos], já incorporamos os valores às projeções", informou Schwarzer, acrescentando que a elevação já estava prevista.
Pelas contas do governo, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera um aumento de despesas com o pagamento de benefícios previdenciários de cerca de R$ 174 milhões no INSS. Com isso, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolver conceder um reajuste maior do que o proposto, para R$ 510, por exemplo, o impacto nas contas seria mais alto, de R$ 7,8 bilhões.
A proposta do governo, de que o salário mínimo suba de R$ 465 para R$ 506,50 em janeiro do ano que vem, consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi enviada ao Congresso Nacional na última semana pelo Ministério do Planejamento.
No documento, o governo também excluiu a Petrobras do superávit primário do setor público - economia feita para pagar juros da dívida pública - e prevê um crescimento econômico de 4,5% para o PIB do ano que vem.