União dos Palmares

O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) recebeu na manhã desta sexta-feira, 17, a visita do diretor presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo. Ele veio a Alagoas participar de uma reunião do Comitê Gestor da Serra da Barriga e foi ao Iteral reforçar a parceria entre as duas instituições.

Durante a reunião com o presidente do Iteral, Geraldo de Majella, Zulu Araújo anunciou
investimentos na Serra da Barriga para incentivar o turismo étnico no local. Segundo ele, é preciso dar uma dimensão internacional à Serra, que é um patrimônio de todo o Brasil.

Para incentivar o turismo étnico na Serra, Zulu Araújo destacou algumas ações que já estão em andamento, como a realização de oficinas e capacitação de jovens em turismo, hotelaria, culinária. “A Fundação Cultural Palmares já tem garantidos para este ano R$ 331 mil, que serão aplicados em novas oficinas e na compra de equipamentos para transformar o restaurante que já existe na Serra em um restaurante-escola”, relatou Zulu.

Mapeamento Etnográfico

O presidente do Iteral garantiu total apoio à Fundação Cultural Palmares nas ações em prol dos remanescentes de quilombos e no desenvolvimento de ações para o Parque Zumbi dos Palmares. “O que pudermos organizar como interface será feito”, reforçou Geraldo de Majella.

Com o apoio da Fundação, o Iteral está elaborando um Mapeamento Etnográfico das  comunidades quilombolas de todo o Estado e que ainda não foram certificadas. Esse Mapeamento servirá de base para solicitar a certificação à Fundação Cultural Palmares.

Serra da Barriga in Loco

Zulu Araújo também anunciou um volume de recursos de R$ 110 mil da Fundação Cultural Palmares para o projeto “Serra da Barriga in Loco”, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, por meio do qual alunos da rede pública serão levados periodicamente para visitar o local onde foi a sede da  República dos Palmares.

“Essas visitas dirigidas vão ajudar o Estado a implementar a Lei nº. 10.639/03, segundo a
qual é preciso ensinar a cultura e a história afro-brasileira nas escolas”, destacou Zulu Araújo.
Segundo ele, nos últimos 10 meses, 14 mil pessoas visitaram a Serra da Barriga.