Eis uma descrição clássica da septicemia (ou sepse, para os mais próximos): o sujeito tem um processo infeccioso causado por uma bactéria, um vírus ou um fungo. O problema se complica aos poucos e exige uma internação. O organismo, na tentativa de lidar com a bagunça toda, reage de maneira exagerada, provocando uma inflamação generalizada que acaba prejudicando órgãos importantes, como o coração, os rins e o cérebro.
Pois, segundo levantamento inédito da Universidade Federal de São Paulo, essa condição grave apresenta uma taxa de mortalidade elevada nas unidades de terapia intensiva (UTIs) espalhadas pelo Brasil. De acordo com os achados, publicados no prestigiado periódico The Lancet Infectious Diseases, mais da metade dos pacientes que chegam a esse estágio não sobrevive.
“É urgente criar um plano de estratégias para diminuir esse impacto”, propõe a médica intensivista Flávia Machado, líder da pesquisa.
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