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21/06/2007 00:00:00

Caso Renan


Caso Renan

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse nesta quinta-feira (21) que aceitaria assumir a relatoria do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso. "Se não conseguirmos encontrar um senador, eu poderia assumir. Mas espero que alguém aceite", disse.

Dois relatores chegaram a assumir o processo, mas pediram para sair. O primeiro foi Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório que pede o arquivamento do caso, que pediu licença por motivos de saúde. Na noite de terça (19), Sibá indicou Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Renan, que anunciou a desistência na reunião de quarta que adiou a votação do relatório.

Raupp diz que não há nenhum constrangimento em assumir uma relatoria sobre um processo contra um senador do próprio partido. "São processos independentes. O PMDB não faz o que quer dentro do conselho", disse. Para assumir a relatoria, Raupp, que é suplente dentro do conselho, teria que substituir algum titular.

Sem relator, o Conselho de Ética, por exemplo, adiou a reunião marcada para esta manhã. Em nota, o presidente do órgão, Sibá Machado (PT-AC), informou que, sem relator, não tem como reunir os senadores para discutir o caso.

Senadores da oposição, no entanto, avisam que não aceitarão que o líder do partido do próprio Renan fique com a função. "Precisamos de um relator comprometido com a sua função", disse o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

A votação do relatório de Cafeteira foi adiada na quarta-feira por dois motivos: continuar a perícia em cima dos documentos apresentados por Renan e ouvir o próprio senador. A reunião marcada para esta manhã discutiria esses assuntos.

Integrante do conselho, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) nega que esse impasse ajude o próprio Renan. "O tempo não é aliado de Renan. A informação que é sua aliada", disse. "Não dá para ter reunião sem relator porque é a função oficial dele de conduzir a investigação", afirmou.

A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), também defendeu o adiamento."Podemos perder algumas horas, mas para fazermos um trabalho correto, precisamos de um relator", disse.

Fonte G1



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