Via https://eassim.net/ - Marcelo Firmino
O senador Renan Calheiros na presidência do Senado é tudo o que o presidente eleito, Jarir Bolsonaro, e seus aliados não querem.
Calheiros tem conquistado apoio, mas já sabe que vai sofrer uma forte perseguição bolsonariana, para evitar que ele tenha o poder na Câmara alta.
Renan se move para articular a chegada à presidência, mas sabe que não será fácil o jogo nos bastidores, considerando que os novos atores que chegam ao Senado, a partir de janeiro, certamente vão ser pressionados para dele manterem distância.
E para isso o núcleo duro do futuro governo vai usar de todas as armas possíveis, inclusive seus “superministros”, como estão sendo chamados Sérgio Moro, na Justiça, e Paulo Guedes, quase o primeiro ministro.
Vencendo o embate, Renan Calheiros será um ícone forte dentro do Senado, mais uma vez. Não tendo êxito será mais uma voz – provavelmente na oposição – que o novo governo vai tentar isolar a todo o custo.
Hoje, o senador tem apoio de setores até do Judiciário, que não pretendem um presidente da República com superpoderes. Partem do princípio que é fundamental a vigilância continua nos atos do governo, em nome da necessária transparência. E Calheiros pode ser um dos principais agentes nessa causa.
Em síntese, o jogo está sendo jogado. E quando se trata do senador da beira do rio Mundaú é bom não subestimar.
Trata-se de uma “raposa” mais que felpuda.