Polícia

A Polícia Civil de Frutal, no Triângulo Mineiro, a 620 quilômetros de Belo Horizonte, vai investigar se o cortador de cana José Edilson Marques da Costa, de 26 anos, que confessou o assassinato e o estupro da menina Letícia Lima dos Santos, de 6, é suspeito de outros crimes no Nordeste do país. Natural de Coruripe, em Alagoas, Edilson estava em Frutal trabalhando no corte de cana quando matou a criança.

Na madrugada dessa terça, Edilson e mais 40 detentos que estavam na cadeia da cidade foram transferidos para unidades prisionais da região. A Secretaria de Defesa Social não informou para onde o lavrador foi levado, mas disse que a medida foi tomada para preservar a integridade do cortador de cana, que estava sendo ameaçado de morte por outros presos.

Letícia foi assassinada no sábado, depois de ter sido sequestrada e levada para uma casa abandonada na periferia da cidade, por Edilson. Ele encontrou a menina na rua, de manhã, quando ela se dirigia para a casa de uma amiga. Letícia foi agredida com pontapés, esfaqueada duas vezes e, depois de morta, violentada. A polícia chegou ao lavrador depois que uma moradora da cidade disse que o havia visto com a criança no colo. Ao ser interrogado, ele confessou o crime e mostrou onde o corpo estava escondido.

O delegado regional de Frutal, Hélio Lisse, começa a ouvir as testemunhas do caso hoje, pois o crime ocorreu durante o feriado, quando a delegacia estava sob o comando do delegado plantonista Rodolfo Rosa Domingues. Além de apurar outros detalhes do homicídio, a polícia quer saber se o assassino confesso é suspeito de crimes em Alagoas, onde nasceu, e em outros estados do Nordeste.

A morte de Letícia deixou perplexa e revoltada a população da cidade pelos requintes de crueldade. O corpo da menina foi encontrado com uma faca cravada no coração e com sinais de violência sexual. O comportamento de Edilson, que se ofereceu como voluntário para participar das buscas para localizar a criança, chocou os moradores e os policiais que investigaram o caso.